quarta-feira, 10 de julho de 2013

CONASEMS AVALIA COMO "AVANÇO" O TREINAMENTO DE MÉDICOS EM CIDADES CARENTES

O presidente do Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Antônio Carlos Figueiredo Nardi, disse nesta quarta-feira que o envio às cidades carentes de médicos recém-formados não resolverá o problema dos atendimentos nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS), mas representa um “avanço” neste sentido. Ele participa, na capital federal, do 29º Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde que debate os problemas e possíveis soluções para a saúde pública.  Na segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff lançou o Programa Mais Médicos, que prevê a contratação de profissionais brasileiros e estrangeiros para atuarem em municípios carentes do País, já selecionados pelo Ministério da Saúde. O programa estabelece também que, a partir de 2015, os médicos terão que realizar dois anos de treinamento em instituições de saúde pública, após os seis anos de ensino acadêmico. “O médico em treinamento ficará dois anos na atenção básica, na medicina da família, na urgência e emergência, ligado à instituição formadora”, explicou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O presidente do Conasems, no entanto, ressaltou que o programa “pode não resolver todo o problema da saúde pública do Brasil, porque há muito mais a fazer do que só colocar médicos nas unidades básicas de saúde, mas o programa é um dos encaminhamentos para o avanço, para a solução e a melhoria do acesso da população usuária do Sistema Único de Saúde (SUS)”. Segundo Nardi, a maior reclamação da população é a falta de médicos nas unidades básicas. “A população hoje reclama pela falta de médicos para atender no SUS e reclama com razão, e esse programa vai dar oportunidades aos médicos e estudantes de medicina atuarem no Brasil, de Norte à Sul”. Para ele a prioridade da saúde é a contratação de médicos mas, também, é preciso adequar as unidades de saúde. “Se trata de um programa de melhorias, de qualidade, de construir unidades básicas com equipamento, condições humanas de trabalho e condições de exercício profissional em todo o país, em cidades grandes mas, também, em municípios pequenos”, frisou o presidente do conselho.

Nenhum comentário: