sábado, 13 de julho de 2013

CONGRESSO REBATE O PETISTA ALOPRADO MERCADANTE

Líderes da Câmara e do Senado reagiram à entrevista do ministro petista aloprado Aloizio Mercadante (Educação) na qual ele disse que o eleitor vai "cobrar caro" do Congresso se a reforma política não for feita com participação popular por meio de um plebiscito. Para os congressistas, a fala indica que o ministro petista aloprado quer jogar para o Congresso a responsabilidade por respostas às manifestações nas ruas. A idéia do plebiscito foi lançada pela presidente Dilma Rousseff ao Congresso, mas acabou enterrada para ter efeito nas eleições de 2014. Dois fatores pesaram na rejeição: o fato de Dilma anunciar o plebiscito sem consultar antes o Congresso e o prazo de 70 dias estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral para organizar a votação. Em contrapartida, a Câmara criou um grupo de trabalho para discutir uma reforma política que poderá ser submetida a um referendo. Em entrevista, o petista aloprado Mercadante, hoje o articulador mais próximo da presidente, faz uma previsão de "renovação forte" no Legislativo em 2014 no caso de o Congresso se recusar a melhorar o sistema político. O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), disse que o plebiscito foi um equívoco e provocou: "Nas manifestações vi cartazes vendendo até um Monza 92, mas não vi nenhum pedindo plebiscito, reforma política". O líder do PSB, Beto Albuquerque (RS), reforçou: "Isso não estava nas placas. O PT não pode só consultar suas bases, tem que ouvir as ruas". O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse que o governo também será cobrado pelas ruas: "É uma declaração que ele tem direito de fazer. Além de ministro, ele é senador, portanto é uma avaliação que lhe diz respeito. Mas a cobrança é natural que seja feita, é democrática, e ao Executivo também, aos Executivos estaduais. Isso faz parte do processo democrático". A fala do petista foi bastante criticada na oposição: "Sr. Mercadante, não queira jogar a falência do governo Dilma nas costas do Congresso. Quem não investe em educação, saúde, segurança e combate à corrupção é a presidente Dilma", disse o líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO).

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