sexta-feira, 12 de julho de 2013

ECONOMIA BRASILEIRA RECUA 1,4% EM MAIO E APRESENTA MAIOR QUEDA DESDE 2008, CONFORME O BANCO CENTRAL

A economia brasileira registrou em maio uma retração pior do que o esperado, pressionada pela fraqueza da produção industrial e indicando que a recuperação da atividade ainda não deu sinais consistentes. O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), considerado espécie de sinalizador do PIB, registrou queda de 1,4% em maio ante abril, de acordo com dados dessazonalizados (livres de influências típicas de cada período do ano), informou o Banco Central nesta sexta-feira. A queda mensal foi a maior registrada desde dezembro de 2008, quando o indicador recuou 4,31%. O resultado anulou a alta registrada em abril, quando houve crescimento de 0,96% (número revisado ante avanço de 0,84%). A queda foi bem pior que a mediana das 17 projeções de analistas consultados pela agência Reuters, que mostrava queda mensal de 0,90% em maio. As estimativas variaram de retração de 1,60% a 0,30%. O resultado também foi pior que o projetado por 14 instituições consultadas. A média das projeções sugeria retração de 1,1%. O intervalo de estimativas variava de queda de 0,5% a retração de 2%. Na comparação com maio de 2012, o IBC-Br avançou 2,61% e acumula em 12 meses alta de 1,89%. O desempenho da indústria exerceu forte peso sobre a economia em maio, uma vez que recuou 2% ante o mês anterior principalmente com a piora nos bens de capital, uma medida dos investimentos. As vendas no varejo, por sua vez, não conseguiram atenuar o efeito negativo da indústria, já que mostraram estabilidade em maio ante abril, destacando a debilidade do consumo no País, abalado pela inflação alta, num setor que vinha sendo o motor da economia. As expectativas do mercado para a expansão do PIB já deixaram para trás há tempos o patamar de 3%. Ao mesmo tempo, na última quarta-feira, o Copom (Comitê de Política Monetária) elevou em 0,5 ponto percentual o juro básico do País para 8,50% ao ano, diante da necessidade de combater a inflação elevada.

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