terça-feira, 2 de julho de 2013

JUSTIÇA DO MATO GROSSO ENTREGA DINHEIRO DE PETISTAS ALOPRADOS PARA A UNIÃO APÓS SETE ANOS

A Justiça Federal de Mato Grosso determinou nesta segunda-feira (1°) que os cofres da União recebam o repasse de cerca de R$ 1,7 milhão, dinheiro apreendido pela Polícia Federal em setembro de 2006,  com dois membros do PT, no hotel Ibis, perto do aeroporto de Congonhas, em São Paulo. O valor, segundo acusação do Ministério Público Federal, serviria para a aquisição de um dossiê contra o ex-governador do Estado de São Paulo e então candidato a presidente, José Serra (PSDB), caso que ficou conhecido como o “escândalo dos aloprados”. Enquanto as investigações e o respectivo processo judicial se desenrolavam, os valores apreendidos – R$ 1.168.000,00 e US$ 248.800,00 – permaneceram depositados na Caixa Econômica Federal. Em junho do ano passado, o juiz Paulo Cézar Sodré, da 7ª Vara Federal de Mato Grosso, já havia determinado a perda do valor em favor da União. Em março deste ano, a Justiça ainda estipulou prazo de 90 dias para que eventuais interessados se manifestassem, mas ninguém se apresentou como proprietário da quantia apreendida. Diante disso, a Justiça comunicou a Caixa Econômica Federal na segunda-feira para que executasse o repasse do dinheiro à União e oficiou o Banco Central para que convertesse os valores em dólares para real. A mesma decisão judicial de junho de 2012, que tratava do destino do dinheiro, aceitava a denúncia do Ministério Público Federal contra as duas pessoas flagradas no dia 15 de setembro de 2006 com o valor apreendido, o empreiteiro mato-grossense Valdebran Padilha, que era filiado ao PT, e o então assessor da campanha à reeleição do presidente Lula, Gedimar Passos. Além deles, a Justiça acatou a denúncia contra outras sete pessoas, por falsificação de documentos financeiros, prática de crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro, envolvidas no “escândalo dos aloprados”.

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