terça-feira, 9 de julho de 2013

MÉDICOS ACUSAM O GOVERNO DO PT DE PRECARIZAR A SAÚDE

O Conselho Federal de Medicina, em conjunto com entidades da saúde, anunciou nesta segunda-feira que nos próximos dias as medidas do programa "Mais Médicos", anunciado nesta segunda-feira pela presidente Dilma Rousseff, serão questionadas na Justiça, por contrariarem a Constituição, ao estipularem “cidadãos de segunda categoria, atendidos por pessoas cuja formação profissional suscita dúvidas”. Além disso, o presidente da Federação Nacional dos Médicos, Geraldo Ferreira, fez duras críticas ao programa e falou que pode haver uma greve geral da categoria contra as medidas anunciadas. Ferreira afirmou que na quinta-feira a categoria vai participar de uma manifestação em que vai discutir a possibilidade de uma greve geral. "Precisamos dar uma resposta forte ao governo. O sentimento do médico é de que o governo procura confronto", disse ele. Para Ferreira, o programa precariza o trabalho do médico brasileiro e explora a mão de obra do profissional. O dirigente comparou as medidas à exploração de trabalho escravo. "Lamentamos profundamente a contratação do médico de forma precarizada como foi anunciada. O que o governo deveria fazer era realizar concursos e pagar decentemente o profissional, e não oferecer uma bolsa de R$ 10 mil, o que desrespeita a legislação trabalhista", disse Ferreira. Na carta, assinada pela Associação Médica Brasileira (AMB), Associação Nacional De Médicos Residentes (ANMR), Conselho Federal De Medicina (CFM) e Federação Nacional Dos Médicos (FNM), as entidades reconhecem que o governo precisa melhorar o acesso à saúde, mas avaliam que as medidas anunciadas mostram “incompreensão das autoridades à expectativa real da população”, e não “medidas paliativas, inócuas ou de resultado duvidoso”. Elas avaliam como “irresponsáveis” a vinda de médicos estrangeiros sem aprovação no Revalida e a abertura de mais vagas em escolas médicas “sem qualidade”. Além da importação de médicos, o plano anunciado em Brasília prevê que curso de Medicina terá mais dois anos, com serviço obrigatório no Sistema Único de Saúde.

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