domingo, 28 de julho de 2013

MINERADORA GARANTE QUE CUMPRIU NORMAS DE SEGURANÇA NO AMAPÁ

Dona do píer flutuante atingido por um desmoronamento de terra em 28 de março deste ano, que fica perto do Porto de Santana, a cerca de 20 quilômetros de Macapá, a mineradora Anglo American garante que o volume de minério de ferro armazenado no local era inferior à capacidade de estocagem autorizada pelos órgãos responsáveis a partir do projeto apresentado pela empresa. Na madrugada do dia 28 de março, parte do terreno onde a empresa multinacional armazena toneladas do minério deslizou, causando a  morte de quatro trabalhadores. Mais dois empregados continuam desaparecidos. O material caiu sobre o píer flutuante onde atracavam os navios que levam o minério para o Exterior. Os entulhos atingiram caminhões, guindastes, parte do escritório da empresa e arrastaram para o fundo do rio Amazonas seis trabalhadores que carregavam uma embarcação com destino a China. Questionado sobre a possibilidade do volume de minério armazenado ter provocado o deslizamento do talude (espécie de barreira de contenção inclinada de cerca de 7 metros de altura, feita no próprio terreno) e da montanha de quase 8 metros de altura de minério de ferro, a Anglo American informou que cumpre rigorosamente as normas e condições de seguranças exigidas, zelando pela integridade dos empregados. E que apresentou os estudos geotécnicos solicitados por todos os órgãos responsáveis por autorizar suas operações, bem como, agora, às autoridades que investigam o acidente. Em um relatório concluído esta semana, o auditor fiscal do trabalho, Franklin Rabelo, deslocado do Ceará para analisar o caso, aponta que a empresa não fez um estudo geotécnico para comprovar se a área onde vinha armazenando o minério era adequada. No relatório, o auditor aponta que a mineradora tem um laudo sobre análise de risco elaborado em 2007. O problema é que, após a data, a companhia transferiu os  estoques para mais perto da margem do rio a fim de facilitar o carregamento dos navios. Com isso, sustenta o auditor, novos estudos quanto à estabilidade do talude e da consistência do solo no novo ponto de armazenamento deveriam ter sido feitos.

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