terça-feira, 9 de julho de 2013

"PADRÃO FIFA" EXIGIDO NAS RUAS FAZ GOVERNO DA PETISTA DILMA ROUSSEFF DESISTIR DO "PADRÃO CUBANO" DE MEDICINA

O governo da petista Dilma Rousseff paralisou as negociações com Cuba para a vinda de 6.000 médicos cubanos ao País e deve lançar nesta semana programa para atrair profissionais estrangeiros, tratando Espanha e Portugal como países "prioritários". Nem o Ministério da Saúde, nem o Itamaraty, que havia anunciado a tratativa em maio e agora diz que ela está congelada, explicam as razões da mudança de planos.Também não dizem o porquê do tratamento "não prioritário" a Cuba. O Ministério da Saúde informa que escolheu atrair médicos como "pessoa física", e não considerar a oferta do contingente feita pelo governo cubano, nos moldes que a ilha faz na Venezuela. Desta maneira, o ministério evita abrir mais um flanco de críticas na implementação de um programa que já provoca outras resistências. Nos bastidores, repete-se que a negociação com Cuba foi aventada por Patriota, e não pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Há motivos para o recuo. No modelo usado na Venezuela, Cuba funciona como uma empresa terceirizada que fornece profissionais. O governo contratante paga a Havana pelos serviços e os médicos recebem só uma parte. O formato é criticado por ex-participantes, que acusam o governo comunista de submetê-los a um duro regulamento disciplinar e impor regras de pagamento como poupança compulsória para evitar "deserção". A regra disciplinar na Venezuela, vigente em 2010, incluía pedir autorização para pernoitar fora do alojamento, proibição de dirigir e a obrigação de informar sobre namoros. Falar com a imprensa também estava vetado. A desistência do Brasil é um revés para Havana, que tem dito que o envio dos médicos ao Exterior é sua maior fonte de divisas e deseja ampliá-lo.

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