sexta-feira, 19 de julho de 2013

PETISTA CANDIDO VACCAREZZA É ALVO DE PROTESTO DE 30 DEPUTADOS DO PT

Trinta deputados federais do PT divulgaram uma nota na qual contestam a escolha do colega petista Cândido Vaccarezza (SP) para coordenar a nova comissão de reforma política. Os parlamentares criticam o presidente da Câmara dos Deputado, o deputado federal  Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que indicou Vaccarezza em detrimento do deputado Henrique Fontana (PT-RS), e dizem não aceitar a "interferência externa". Ao lembrar que o plebiscito sugerido pela presidente Dilma Rousseff foi combatido pelos mesmos setores que "empatam" a transformação do sistema eleitoral, os signatários da nota partem para o ataque contra Henrique Eduardo Alves. "Uma das respostas conservadoras, patrocinada pela atual presidência da Câmara dos Deputados, além da rejeição da idéia do plebiscito, foi a constituição de mais uma comissão para propor uma reforma política em marcos muito mais tímidos do que inicialmente proposto pela presidente Dilma", diz a nota assinada até agora por 30 dos 89 deputados da bancada petista: "O caráter regressivo desse ato foi reafirmado por interferência externa na indicação do membro da bancada do PT para coordenar os seus trabalhos". Os deputados afirmam, ainda, que a bancada ficou "surpresa" com o ato de Henrique Eduardo Alves ao chamar Vaccarezza para o posto e manifestam solidariedade a Fontana. "Mais do que uma escolha pessoal, este gesto é um claro movimento para impor à bancada do PT preferências políticas que não são as suas", escreveram eles: "Tal atitude antecipa um antagonismo às posições que o PT defende na reforma política". Henrique Fontana foi relator da comissão da Câmara que, durante dois anos e meio, discutiu um projeto de mudanças no sistema político-eleitoral. Nesta semana, ele abandonou a comissão depois que Henrique Eduardo Alves designou Vaccarezza para coordenar os trabalhos. Vaccarezza tem o apoio do ex-presidente Lula. Após a briga na seara petista, o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP) ocupou a vaga deixada por Henrique Fontana. Henrique Eduardo Alves afirmou que o PMDB defenderá o fim da reeleição para cargos executivos, a partir de 2018. O partido do vice-presidente, Michel Temer, também quer que o financiamento privado de campanha seja mantido, mas com doações feitas diretamente aos partidos, e não aos candidatos, o que é uma patifaria gigantesca, sem tamanho, e para mais esse crime contra a democracia estão perfeitamente aliados o PT e o PMDB. O PT, por sua vez, prega o financiamento público de campanha e teto para doações de pessoas físicas. Os petistas não cogitam o fim da reeleição e, em conversas reservadas, afirmam que o PMDB só está criando problema para Dilma. O pessoal que assinou a nota é o baixo clero do PT.

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