domingo, 7 de julho de 2013

PRESIDENTE DA JBS DIZ QUE ALTA DO DÓLAR É ÓTIMA PARA O BRASIL

A alta do dólar é "ótima" para o Brasil e para a JBS e é um movimento que vai persistir pelos próximos anos, avalia o presidente da gigante global de proteína animal, Wesley Batista. Para o empresário, "entramos num ciclo de valorização do dólar", reflexo da recuperação recente da economia americana em decorrência da melhora na balança comercial e da mudança da matriz energética dos Estados Unidos, entre outros fatores. "Foram 10 anos de perda de valor do dólar em relação a outras moedas", observa Wesley Batista. Nesse período em que o dólar perdeu terreno, os Estados Unidos ganharam competitividade, o que permite a atual recuperação, enquanto os países emergentes, entre eles, o Brasil "ficaram caros", analisa o empresário. A JBS, que anunciou mês passado a compra da Seara Brasil da Marfrig, aproveitou justamente o período em que o dólar estava fraco e fez aquisições importantes nos Estados Unidos, como a Swift Foods, em 2007, e a Pilgrim"s Pride, em 2009. "Talvez tenha sido um pouco de sorte. Compramos ativos que estavam se depreciando lá fora", afirma. Dessa forma, como boa parte das operações da JBS fica nos Estados Unidos, a fatia da receita em dólar é elevada, um dado favorável em tempos de alta da moeda americana. Hoje, segundo Batista, 65% das receitas da companhia são em dólar. O índice inclui as exportações feitas a partir do Brasil, que também ficaram mais competitivas, lembra o empresário. Mas se favorece a receita, a alta do dólar também tem impacto nas dívidas em moeda americana, o que no caso da JBS alcança 70% do endividamento líquido, que era de R$ 15,678 bilhões no fim do primeiro trimestre deste ano. O quadro parece não incomodar a JBS. "Temos política de hedge. Considero que temos uma boa gestão sobre a exposição cambial do grupo", assevera o presidente da JBS.

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