terça-feira, 9 de julho de 2013

PRESIDENTE DO SINDITELEBRASIL DIZ QUE EMPRESAS DE TELEFONIA NÃO TEMEM INVESTIGAÇÃO SOBRE ESPIONAGEM

O presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), Eduardo Levy, disse nesta terça-feira que não vão dar em nada as investigações que estão sendo feitas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sobre a violação do sigilo de comunicação telefônica e eletrônica de usuários brasileiros por uma agência de informações do governo norte-americano. “A Anatel sabe que não vai encontrar absolutamente nada, porque as empresas têm uma tradição muito grande de manter as informações que são solicitadas pela Justiça guardadas à disposição dos auditores. É uma tradição de mais de 50 anos dentro do Brasil de nunca haver esse tipo de comentário e informação”, disse. Levy reforçou que as empresas mantêm dados armazenados por cinco anos para fornecimento à Justiça, quando solicitado. “Nós não escutamos absolutamente nada e não guardamos nenhuma escuta porque não as temos. Apenas guardamos as chamadas dos clientes, para onde eles fazem e durante quanto tempo”, garantiu. O presidente da Anatel, João Rezende, disse que a situação é muito grave porque envolve a privacidade dos cidadãos brasileiros, tanto em relação aos dados como mensagens que são trocadas por e-mail. Sem estimar um prazo para conclusão dos trabalhos, dada a complexidade do caso, Rezende lembrou que a agência abriu um procedimento para analisar se as empresas de comunicação do Brasil colaboraram para que houvesse envio irregular de dados aos Estados Unidos. Ante a polêmica, a proposta que cria o Marco Civil da Internet, que desde o ano passado está pronta para ser votada no plenário da Câmara, ganha força. “O Marco Civil da Internet é importante porque a Anatel, por exemplo, não regula provedores de internet”,disse Rezende. Ainda segundo o presidente da Anatel, existe uma série de provedores estrangeiros atuando no Brasil que não segue à risca a legislação brasileira e sim a legislação do país onde está instalada a matriz.

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