sábado, 6 de julho de 2013

SOB PRESSÃO DAS RUAS, GOVERNO DA PETISTA DILMA VAI DIVULGAR AGORA O USO DOS JATINHOS DA FAB, JÁ CHAMADA NA INTERNET DE FARRA AÉREA BRASILEIRA

O governo da petista Dilma Rousseff decidiu divulgar na internet informações sobre o uso de aeronaves oficiais depois que um ministro e os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal usaram aviões da FAB (Força Aérea Brasileira - agora chamada na Internet, redes sociais, de Farra Aérea Brasileira) para ir a uma festa na Bahia e ao jogo da seleção brasileira no Rio de Janeiro. Decreto de 2002, que disciplina o uso das aeronaves da Aeronáutica, autoriza o vice-presidente, presidentes do Senado, da Câmara e do Supremo Tribunal Federal, ministros de Estado e comandantes das Forças Armadas a usar aviões "por motivo de segurança e emergência médica; em viagens a serviço; e deslocamentos para o local de residência permanente". A decisão do governo de dar transparência vale apenas para viagens de integrantes do Poder Executivo. Atualmente, nenhum detalhe das viagens em aviões oficiais é público. "Vamos abrir, não há por que não dar transparência. Não estou falando da Câmara e do Senado, mas do governo federal, que é o que me compete", disse o ministro Jorge Hage (Controladoria-Geral da União). Ainda está em discussão se os dados serão divulgados no site da Aeronáutica ou do Ministério da Defesa. Custos e lista de passageiros devem permanecer sob sigilo, assim como detalhes de vôos relacionados à missões de segurança ou defesa. Hage afirma que o governo vai "colocar no ar" dados como o nome da autoridade que solicita o avião da FAB, a quantidade de passageiros, dia, hora e destino, bem como se o motivo da viagem é por uma emergência médica, a serviço ou para o local de residência do solicitante. São essas informações que as autoridades são obrigadas a apresentar no pedido encaminhado à Aeronáutica, conforme prevê o decreto que regulamenta o uso de aeronaves oficiais. No pedido, não é obrigatório listar o nome dos passageiros. A FAB alega que não arquiva informações sobre quem entra na aeronave juntamente com as autoridades. No momento da decolagem, todos os passageiros se identificam, mas depois a Aeronáutica afirma que descarta as informações. "Não sei se a Aeronáutica vai mudar seu entendimento em relação aos custos, que ela afirma ter natureza estratégica, ou aos passageiros", afirmou Hage. Hage se reuniu na sexta-feira com o ministro petista Celso Amorim (Defesa) para tratar da transparência dos voos oficiais solicitados por autoridades.

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