segunda-feira, 12 de agosto de 2013

DIRETOR DO BANCO CENTRAL DIZ QUE INFLAÇÃO BAIXA DE JULHO FOI EXCEÇÃO

A inflação mensal provavelmente atingiu seu menor nível mensal em julho, avaliou nesta segunda-feira o diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton, sinalizando que virão variações maiores nos próximos meses. A fala do diretor destoa do discurso da soberana bolivariana petista Dilma Rousseff, que comemorou fortemente o resultado do mês passado, se esquecendo de que o arrefecimento da inflação tem forte influência sazonal. "De janeiro a julho, de um modo geral, nós tivemos a inflação mensal recuando e, de agora em diante, é plausível afirmar que a inflação mensal teve o melhor momento em julho e que tende a ser maior", comentou o diretor durante apresentação do Boletim Regional do Banco Central, em Belém, acrescentando que já em agosto e nos próximos meses a inflação será maior. Por outro lado, Hamilton reforçou que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, deve entrar em declínio no resultado acumulado já no segundo semestre. "Tivemos inflação muito elevada no final do ano passado, então esses números, à medida que o tempo passa, vão sendo substituídos", afirmou o diretor. Em julho, indicador desacelerou para 0,03%, na menor alta desde julho de 2010, por influência do recuo nos preços de alimentos e transporte. Em 12 meses, o índice acumula alta de 6,27% até julho, próximo do teto de 6,5% da meta de inflação do governo, de 4,5% com banda de tolerância de dois pontos porcentuais para cima ou para baixo. A declaração do diretor de que a inflação atingiu seu melhor momento em julho ocorre a duas semanas da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, marcada para os dias 27 e 28, quando será definido o novo patamar para a Selic, a taxa básica de juros, usada para controle inflacionário.

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