domingo, 4 de agosto de 2013

GOVERNO DE SÃO PAULO NEGA TER DADO AVAL A CARTEL DENUNCIADO PELO SOBRINHO DO MINISTRO PETISTA GILBERTO CARVALHO

O secretário-chefe da Casa Civil do estado de São Paulo, Edson Aparecido, acusou o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) de agir como "instrumento de polícia política" nas investigações sobre o possível cartel das empresas que concorreram à licitação de obras do metrô paulista. Segundo Edson Aparecido, a autarquia quer prejudicar a administração do Estado. A afirmação foi feita em entrevista coletiva na manhã de sexta-feira, na qual participaram o secretário e o corregedor Gustavo Ungaro. Na edição de sexta-feira, o jornal petista Folha de S. Paulo afirmou que a empresa alemã Siemens, acusada de participar do cartel, apresentou ao Cade documentos em que afirmava que o governo de São Paulo sabia do movimento das empresas para encarecer a licitação do metrô da capital. Segundo Edson Aparecido, a afirmação é falsa. "Esse questionamento de que os governadores sabiam é pura calúnia. É desse jeito que age a polícia política, caluniando", afirmou o secretário. Enquanto o corregedor afirmou que o Estado forneceria toda a documentação necessária para levar adiante as investigações, Edson Aparecido criticou a atuação do Cade. "O que estamos vendo é um desvirtuamento de um importante órgão que deveria garantir a livre concorrência, mas se tornou um instrumento de polícia política. A memória de Mario Covas tem sido enxovalhada", afirmou ele. Gustavo Ungaro afirmou que a Procuradoria-Geral do Estado vai entrar com um mandado de segurança para conseguir junto à Justiça a cópia dos autos que estão em posse da autarquia. Conforme o Cade, orgão petista, comandado pelo sobrinho do ministro petista Gilberto Carvalho, a Siemens teria sido  a primeira a delatar o suposto cartel, do qual faria parte, envolvendo as empresas Bombardier, CAF, Mitsui e Alstom, no início de julho. A suposta delação da empresa teria feito parte de um suposto acordo de leniência com o governo brasileiro, no qual ela ganharia imunidade no processo.

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