segunda-feira, 12 de agosto de 2013

JUSTIÇA EGÍPCIA PROLONGA POR 15 DIAS DETENÇÃO DE MURSI

A Justiça egípcia anunciou nesta segunda-feira ter prolongado por mais 15 dias a prisão preventiva do presidente deposto, Mouhamed Mursi, membro da organização nazista Irmandade Muçulmana (a mãe de todas as organizações terroristas do mundo islâmico), destituído do poder e detido pelo Exército no dia 3 de julho. Ele é acusado de cumplicidade em operações sangrentas no início de 2011. Mursi, ainda detido em local secreto pelo Exército, foi formalmente acusado de envolvimento nessas operações cuja autoria é imputada ao movimento terrorista palestino Hamas e que visaram às forças de segurança durante a revolta contra o ex-presidente egípcio Hosni Mubarak, em 2011. As acusações incidem sobre a ajuda que o Hamas teria dado a Mursi para fugir de uma prisão durante o regime de Mubarak. Um tribunal egípcio decidiu, no dia 23 de junho, que o Hamas, que detém o poder na Faixa de Gaza, e o movimento terrorista xiita libanês Hezbollah estavam envolvidos nessa operação de fuga da prisão de Wadi Natroun, no noroeste da capital. Mursi disse que ele e os outros 33 membros da Irmandade Muçulmana detidos não tinham fugido, mas que “habitantes lhes tinham aberto as portas da prisão”. Segundo fontes de segurança, milhares de prisioneiros escaparam de Wadi Natroun para cidades e aldeias vizinhas. Muitos dirigentes da Irmandade Muçulmana estão também em prisão preventiva ou são procurados pela Justiça egípcia. Vários responsáveis da irmandade, entre os quais o líder supremo, Mohamed Badie, serão julgados a partir de 25 de agosto por “incitação ao homicídio” de manifestantes anti-Mursi.

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