quinta-feira, 22 de agosto de 2013

JUSTIÇA MANDA SUSPENDER A CPI DOS ÔNIBUS POR 48 HORAS NO RIO DE JANEIRO

Uma decisão da 5ª Vara da Fazenda Pública do Rio de Janeiro determinou nesta quinta-feira a suspensão dos trabalhos da CPI dos Ônibus por 48 horas. O anúncio, feito por volta das 17h30 nas escadarias da Câmara de Vereadores, foi muito comemorado pelos manifestantes que organizavam um novo protesto em frente ao local. "Ocupar, resistir, lutar para garantir", gritavam. O parecer é uma resposta preliminar ao mandado de segurança enviado à Justiça pelos vereadores da oposição na noite de quarta-feira. Eles pedem a revisão da proporcionalidade da comissão, integrada por quatro parlamentares da base de apoio de Eduardo Paes e por Eliomar Coelho, do PSOL. A alegação é de que Chiquinho Brazão (PMDB), professor Uoston (PMDB), Jorginho da S.O.S (PMDB) e Renato Moura (PTC) fazem parte de um mesmo bloco na Câmara, chamado 'Por um Rio melhor', que engloba 24 vereadores de sete partidos. Dessa forma, os outros 27 de 13 legendas dizem que não se sentem representados da forma como deveriam. Chiquinho Brazão, na condição de presidente, tem esse prazo de 48 horas para se manifestar à Justiça. Na tarde desta quinta-feira, Eliomar Coelho conseguiu colocar uma questão de ordem pedindo a mesma revisão à Mesa Diretora da Casa, o que ele vinha tentando desde o dia 15. A confusão que começou cedo na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, com a primeira sessão da CPI dos Ônibus, se estendeu por toda a tarde. Depois da reunião em que até um sapato foi jogado contra um dos vereadores da base aliada do prefeito Eduardo Paes, um grupo de quinze manifestantes voltou a ocupar o interior do Palácio Pedro Ernesto. Na quarta-feira, a Justiça determinou reintegração de posse do local, que ficou ocupado por 12 dias. Mas como essa decisão dizia respeito especificamente àquele primeiro grupo, não poderia ser aplicada neste caso. Os trabalhos na Câmara foram encerrados por volta das 16 horas e o grupo só saiu depois do anúncio da decisão judicial. Do lado de fora, um novo protesto fechou parte da Avenida Rio Branco. Dezenas de manifestantes chegaram a deitar em plena via, no trecho entre a Rua Evaristo da Veiga e a Avenida Almirante Barroso, para impedir a circulação de veículos.

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