segunda-feira, 26 de agosto de 2013

MINISTÉRIO NEGA QUE RECURSOS DO MAIS MÉDICOS SEJA DESCONTADO DO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA

O Ministério da Saúde negou nesta segunda-feira que a bolsa de R$ 10 mil paga aos profissionais inscritos no Programa Mais Médicos, do governo federal, seria descontada dos valores repassados aos municípios no Programa Saúde da Família. De acordo com a assessoria da pasta, os recursos do Saúde da Família estão assegurados e continuarão sendo repassados para as prefeituras. Quanto à bolsa do Mais Médicos, o ministério informa que os valores serão pagos diretamente para os profissionais, sem repasse aos municípios e que o dinheiro vem de recursos próprios da pasta. Em audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), organizada pela Comissão de Assuntos Municipais e Desenvolvimento Regional, o deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) disse que a bolsa que os médicos receberão no programa seria descontada do Programa Saúde da Família. O deputado acusa o governo federal de usar trabalho escravo, referindo-se ao convênio para a vinda dos médicos de Cuba e que os prefeitos serão responsabilizados por qualquer erro médico que venha a ser cometido por eles. O Ministério da Saúde esclareceu que a responsabilidade pelos erros médicos cometidos por estrangeiros será compartilhada com o brasileiro encarregado da supervisão de seu trabalho. A presidente da comissão, a deputada estadual fluminense Clarissa Garotinho (PR), informou que o Ministério da Saúde foi convidado a participar do debate, “mas respondeu que não tinha ninguém capacitado disponível para o dia”. Na audiência, as entidades médicas voltaram a fazer críticas ao programa. O presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro (Sinmed-RJ), Jorge Darze, chamou de “chacota” e “blefe” a situação jurídica criada pela Medida Provisória (MP) 621, que institui o Programa Mais Médicos.

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