quarta-feira, 7 de agosto de 2013

PARENTES DE VÍTIMAS DO ACIDENTE DA TAM PEDEM JUSTIÇA NO INÍCIO DO JULGAMENTO

Parentes de vítimas no desastre do Airbus A320 da TAM, que matou 199 pessoas no Aeroporto de Congonhas em 2007, fizeram uma vigília na frente do prédio do Fórum Criminal Federal na região da Avenida Paulista. Eles pediam justiça e seguraram faixas com fotos das vítimas, uma delas com a bandeira do Brasil, com os nomes das vítimas e, no lugar de "Ordem e Progresso", a frase "Verdade e Justiça". Os parentes acompanharam emocionados do lado de fora o primeiro dia do julgamento onde estão sendo ouvidas as testemunhas de acusação. Os depoimentos tiveram inicio às 14h30 e a primeira a falar foi desembargadora Cecilia Marcondes. Também vão ser ouvidos José Eduardo Batalha Brosco e João Batista Moreno de Nunes Ribeiro. Havia expectativa também dos depoimentos de Luiz Kazumi Miyada, mas ele está internado e enviou atestado médico, e de Giberto Pedrosa Schittini, que não foi localizado. Nesta quinta-feira está previsto o depoimento da testemunha de acusação Elias Azem Filho. Na entrada do prédio da Justiça Federal, o procurador Rodrigo De Grandis, autor da denúncia, disse que vai defender a tese de que houve imprudência e negligência dos três réus: a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu; o vice-presidente de operações da TAM, Alberto Fajerman, e o diretor de segurança de vôos da companhia, Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro. O procurador disse que vai pedir a condenação deles com privação de liberdade. A denúncia, segundo ele, está baseada em quatro laudos da Polícia Federal e do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáutico (Cenipa). De acordo com o procurador, a pista do Aeroporto de Congonhas foi liberada sem condições de teste de segurança. De Grandis disse que a fase de inquirição dos réus deverá ocorrer ainda este ano, entre novembro e dezembro. Segundo a assessoria da Justiça Federal, os três réus acompanham os depoimentos. Roberto Silva, pai da comissária de vôo Madalena Silva, morta no acidente, declarou que espera que os réus sejam condenados. “Como tudo no Brasil é muito lento, não é surpresa tanta demora no julgamento. Acreditamos que se vai fazer justiça e que ela será exemplar”, disse o pai, emocionado.

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