quinta-feira, 1 de agosto de 2013

PORTUGUESES ATRAEM ESTRANGEIROS COM OFERTA DE VISTO A QUEM DESEMBOLSE 500 MIL EUROS NA COMPRA DE IMÓVEL

Com a economia em recessão há dois anos e meio e sem a perspectiva imediata de retomada do crescimento econômico, Portugal tenta atrair dinheiro estrangeiro para o mercado imobiliário. Uma lei que entrou em vigor há menos de um ano prevê a concessão de cidadania européia a investidores, inclusive quem disponha de pelo menos 500 mil euros (mais de R$ 1,5 milhão) para adquirir uma casa e apartamento no país. De acordo com a normatização, para conseguir o visto não é preciso se mudar para Portugal. A exigência é que o comprador permaneça sete dias no primeiro ano para ter visto de residência provisório e 14 dias nos dois biênios subsequentes. Após cinco anos, o comprador pode pedir o visto de residência permanente e no sexto ano tem direito a pedir a cidadania portuguesa. O valor, próximo ao praticado em imóveis de classe média alta em endereços nobres de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, permite a aquisição de um apartamento de luxo e bem localizado em Lisboa ou arredores, como Cascais e Estoril. Apesar dessas vantagens, o mercado imobiliário em Portugal está em baixa. Até março, havia quase 692 mil empréstimos de habitação inadimplentes. Dados do Banco de Portugal revelam que nos dois últimos anos os empréstimos para habitação caíram de forma mais acentuada que os empréstimos para bens de consumo, ainda que as taxas de juros estejam contidas e que os preços dos imóveis estejam em baixa. Há cerca de 10 mil imóveis vazios no país segundo declaração do presidente da agência estatal Turismo de Portugal, Frederico Costa. Além do visto para quem queira investir no mercado imobiliário, os portugueses acenam com a possibilidade de isenção de Imposto de Renda para aposentados estrangeiros que queiram morar no país.

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