quarta-feira, 7 de agosto de 2013

PRIMEIRA RODADA DO PROGRAMA MAIS MÉDICOS SELECIONA IRRISÓRIOS 938 PROFISSIONAIS

O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira que apenas a irrisória quantia de 938 profissionais brasileiros foi selecionada para o primeiro ciclo de contratações do Programa Mais Médicos. Apenas esses médicos confirmaram interesse em trabalhar em municípios que aderiram ao programa. Isso representa 6% dos 15.460 médicos requisitados pelas cidades. Segundo o ministério, os brasileiros selecionados optaram por apenas 404 dos 3.511 municípios do interior do País e de periferias de grandes centros urbanos que demandaram médicos do programa federal. Os 938 selecionados representam apenas 5,6% dos 16.530 brasileiros inicialmente inscritos. Outros 1.920  inscritos, estrangeiros ou brasileiros formados no Exterior, só agora poderão ser chamados. Diante da baixa adesão, o Ministério da Saúde decidiu permitir que os profissionais brasileiros que já escolheram um município para trabalhar, mas não haviam homologado a presença ou não foram alocados, possam escolher novos locais para atuar durante o contrato de três anos. Eles terão até a próxima quinta-feira para fazer uma nova escolha. Simultaneamente a esse prazo, o governo irá selecionar os profissionais do exterior que se inscreveram para o Mais Médicos. Os 1.920 candidatos com registro profissional no Exterior também terão até quinta-feira para escolher municípios, habilitando-se às vagas dispensadas por brasileiros. A relação dos estrangeiros que serão contratados será publicada em 13 de agosto. O ministro Alexandre Padilha informou que os médicos já selecionados começarão a trabalhar a partir do dia 1º de setembro. Quase metade dos médicos brasileiros que haviam chegado à penúltima etapa do processo seletivo não confirmaram o interesse de participar do Mais Médicos. No último dia 1º, o ministério havia selecionado 1.753 profissionais com diploma no Brasil para trabalhar no programa. Para assegurar as vagas, eles tinham apenas de confirmar até sábado se aceitavam a opção apontada pelo governo. Porém, 815 médicos não completaram essa fase. Padilha disse que o governo irá usar todas as estratégias à disposição para preencher as 15.460 vagas do programa. Segundo Padilha, a partir do dia 15 de agosto, data de abertura da segunda rodada de contratações, o ministério irá investir em uma campanha para esclarecer dúvidas de profissionais brasileiros em relação ao programa e reforçar a divulgação da iniciativa fora do País. O ministro também afirmou que deve abrir negociações coletivas com governos estrangeiros e universidades de outros países para preencher os 14.522 postos disponibilizados e que não foram preenchidos nesta primeira etapa. 51,8% dos brasileiros já selecionados vão atuar nas periferias de capitais e regiões metropolitanas; 48,1% serão alocados em municípios do interior; 58,4% são homens e 41,5% mulheres; 47,2% dos médicos têm entre 23 e 30 anos; outros 25,48% estão na faixa etária entre 31 e 40 anos, só 9% têm mais de 61 anos. Indagado se o Executivo pretendia rever a contratação de médicos cubanos, que só prestam serviços fora do país mediante negociações coletivas intermediadas por Havana, Padilha disse que não iria descartar nenhuma nacionalidade. “Vamos continuar o processo de convocação de brasileiros e de divulgação aos estrangeiros. Ficou evidente que só a oferta de brasileiros será insuficiente para preencher a demanda no interior e nas periferias das grandes cidades”, enfatizou.

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