segunda-feira, 5 de agosto de 2013

RIO DE JANEIRO EM TRANSE - CAI O COMANDANTE DA POLÍCIA MILITAR

A crise política e administrativa do governo Sérgio Cabral (PMDB) se agrava diariamente com um novo capítulo: o comandante-geral da Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Erir Ribeiro Costa Filho, foi exonerado do cargo na tarde desta segunda-feira, pelo secretário de Estado de Segurança, José Mariano Beltrame. O secretário ainda avalia o nome do novo comando da corporação. "Mudanças fazem parte do processo de gestão e devem ser vistas com naturalidade", disse Beltrame, em nota. Ele destacou o empenho do coronel Costa Filho no período de 1 ano e 10 meses à frente da Polícia. "Quero ressaltar o trabalho e a integridade do comandante Costa Filho, além de seu amor à corporação que comandou", afirmou o secretário. Mais cedo, Erir Ribeiro da Costa Filho havia dito que não havia crise entre ele e Beltrame. No domingo, Beltrame afirmou que não gostou da medida de Erir em anistiar as punições administrativas na Polícia Militar, ameaçando revogar a decisão dele. O coronel explicou que se tratava de um ato administrativo, publicado no boletim interno da corporação no dia 1º de agosto, no qual faltas disciplinares ocorridas de 4 de outubro de 2011 até o momento, como policiais com calçados sujos que são punidos com detenção, seriam relevadas. A justificativa para tal medida, segundo o comandante-geral, foi a falta de efetivo para atuar no policiamento durante a Copa das Confederações, a Jornada Mundial da Juventude e as manifestações ocorridas nos últimos dois meses. A pressão sobre o comando da Polícia Militar e sobre a cúpula da Secretaria de Segurança Pública só cresce diante de fatos recentes que colocam em xeque a principal bandeira do governo, que é a redução dos índices de violência e de crimes, bem como a "pacificação das favelas". O sumiço do pedreiro Amarildo de Souza e os ataques aos prédios da ong petista Afroreggae, além das ameaças ao coordenador do projeto, José Júnior, ainda não tiveram soluções.

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