terça-feira, 13 de agosto de 2013

VALTER NAGELSTEIN AGORA FAZ A DEFESA FORMAL DE LUIZ FERNANDO ZACHIA, COMO PRESIDENTE DO PMBD

O presidente do PMDB de Porto Alegre, vereador Valter Nagelstein, saiu nesta terça-feira em defesa do ex-deputado, ex-presidente da Assembléia, ex-chefe da Casa Civil, ex-secretário da Smam (Secretário Municipal do Meio Ambiente) e ex-presidente do partido na capital gaúcha, Luiz Fernando Zacchia, investigado e preso, mantido hóspede oficial no Presídio Central de Porto Alegre, quando foi desfechada pela Polícia Federal a Operação Concutare, que continua apurando malfeitorias nos governos federal, estadual e municipal. O presidente do partido, Valter Nagelstein, que é vereador e advogado, que tem a pretensão de ser presidente da Câmara Municipal no próximo ano, e que coloca a presidência do PMDB como moeda de troca para alcançar esse objetivo, alinha três razões principais para defender Zacchia: 1) o inquérito conhecido não apurou crime algum cometido por Zacchia; 2) a Polícia Federal afronta a lei ao não concluir o inquérito e remetê-lo para a Justiça; 3) as apurações feitas pela prefeitura não encontraram nada sobre possível venda de licenças ambientais. Para começo de conversa, as razões podem então ser resumidas a duas, porque uma delas, a investigação da prefeitura sobre atos da própria prefeitura, não leva a lugar algum. Diz a nota oficial lançada por Valter Nagelstein: "Em fins de abril, com grande repercussão, a Policia Federal efetuou a prisão de várias pessoas na denominada operação Concutare, sob a alegação de desarticular quadrilha de venda de licenças ambientais; nesse contexto foi preso o ex-secretário de meio ambiente de Porto Alegre, Luiz Fernando Zachia. Passados três meses e diferentemente do que determina o Código de Processo Penal Brasileiro, não se tem noticia sobre a conclusão do inquérito oficial. Sabe-se, entretanto, que no processo investigatório houve a total colaboraçao do governo municipal desta Capital, ao mesmo tempo que, por determinação do prefeito, houve devassa nos processos em curso na SMAM, não sendo encontrada qualquer irregularidade que desse eco às acusações que ensejaram o midiático encarceramento cautelar. Isto posto, o PMDB de Porto Alegre, por seu presidente e em nome do diretório municipal, vem manifestar a sua inconformidade com um procedimento policial, coonestado pela Justiça Federal, desde a injustificável prisão, até a arbitrária inconclusão do inquérito policial. A violência ora em curso avilta os mais elementares direitos consagrados na Constituição Federal e impõe ao acusado o ônus da culpa sem direito à defesa, decorrente do irreparável juízo público de condenação advindo da prisão cautelar que lhe foi imposta". Por que o vereador Valter Nagelstein expede essa nota somente agora? Qual o motivo? E também uma pergunta: por que ele não comenta sobre o fato de Luiz Fernando Zachia ser réu na ação de improbidade administrativa da Operação Rodin, que investigou o Detran RS? Se seu objetivo é reabilitar a imagem de Záchia, talvez para passar para ele presidência do diretório municipal do PMDB de Porto Alegre, em troca da presidência da Câmara Municipal, não deveria também levar em conta o processo a que Zachia responde na Operação Rodin? Naturalmente, os filiados do PMDB apenas acompanham as cenas.

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