sexta-feira, 6 de setembro de 2013

CVM ABRE PROCESSO CONTRA O EMPRESÁRIO DE FANCARIA EIKE BATISTA E DIRETORES DA OGX

A Comissão de Valores Imobiliários abriu processo administrativo contra o empresário de fancaria Eike Batista e membros da diretoria da OGX. Eles foram acusados de descumprir a Lei 6404/76, que prevê a obrigação dos empresários de comunicar à bolsa de valores e à imprensa qualquer fato relevante nos negócios que possa influenciar na decisão dos investidores quanto à compra e venda de ações. Entre os envolvidos, além de Eike Batista, estão Roberto Bernardes Monteiro, José Roberto Faveret, Luiz Eduardo Carneiro, Paulo de Tarso Martins, Reinaldo Belotti e Aziz Ben Ammar. Monteiro ainda é acusado por descumprimento da Instrução 358/02, que garante aos acionistas o direito de não revelar as informações caso essas possam causar danos à empresa. Porém, elas devem ser anunciadas "na hipótese da informação escapar ao controle ou se ocorrer oscilação atípica na cotação, preço ou quantidade negociada dos valores mobiliários". A CVM vinha questionando as empresas do grupo EBX por não divulgarem "fato relevante" sobre a reestruturação de dívida da holding com a Mubadala, fundo soberano de Abu Dhabi. O grupo reduziu a dívida com a Mubadala de mais de 2 bilhões de dólares para algo entre 1,6 bilhão e 1,7 bilhão, além de ter alongado o prazo do débito, mas não informou nada disso ao mercado. Em julho, a autarquia abriu diversos processos administrativos para analisar as informações trimestrais de OGX, MMX, OSX, LLX e CCX. A empresa de energia MPX foi a única a ficar fora. Contudo, os processos não se referiam diretamente aos executivos, como o que foi anunciado nesta quinta-feira. Ao longo dos últimos meses, a CVM abriu aproximadamente 15 linhas de apuração contra o grupo, todas com o objetivo de investigar problemas em comunicados ao mercado. A apuração é o primeiro passo da investigação que pode resultar em processo.

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