quarta-feira, 18 de setembro de 2013

EXÉRCITO VETA ENTRADA DE ERUNDINA E DEPUTADO DO PSOL NO PRÉDIO DO ANTIGO DOI-CODI

O Exército vetou nesta terça-feira a entrada da deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) e do deputado Ivan Valente (PSOL-RJ) no prédio onde funcionou durante a ditadura o DOI-CODI, no atual Batalhão da Polícia do Exército, no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. A visita estava marcada para ocorrer na próxima sexta-feira. Uma primeira tentativa de visitar o local no dia 21 de agosto foi frustrada pelo Exército. Posteriormente, em uma reunião de senadores com o ministro da Defesa, Celso Amorim, e o comandante do Exército, general Enzo Peri, foi dada a permissão para a visita em um outro dia. Ao comentar a decisão do Exército o advogado petista Wadih Damous afirmou que “Infelizmente os ventos da democracia não sopraram no Exército brasileiro”. Afirmou ainda que “vetar a presença de parlamentares ou de quem quer que seja por motivos político-ideológico  mostra uma nostalgia dos tempos ditatoriais”. Segundo Damous, “nenhum quartel do Exército é propriedade privada dos militares mas sim do povo brasileiro que, com os seus impostos, constrói esse País”. Segundo Damous, nesta quarta-feira o Senado deve votar, em regime de urgência, uma lista com os nomes dos parlamentares que poderão ter livre acesso às dependências do antigo DOI-CODI na rua Barão de Mesquita, no Rio de Janeiro. O DOI-Codi foi o principal centro de torturas e assassinatos de presos políticos na ditadura militar brasileira e a visita às suas dependências pode ser o primeiro passo para o tombamento do prédio e sua transformação em um centro de memória. É evidente que o petismo dá curso à sua estratégia gramsciana de confronto permanente e de esticamento da corda.

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