quarta-feira, 11 de setembro de 2013

GOVERNADOR DA BAHIA DEFENDE SECRETÁRIO QUE ATIROU COM PISTOLA CONTRA TENTATIVA DE INVASÃO DO MST

Apesar da pressão da oposição - e até de alguns aliados na Assembleia Legislativa - pela exoneração do subsecretário de Segurança Pública da Bahia, Ary Pereira de Oliveira, que na terça-feira atirou contra integrantes do MST que tentavam invadir a sede da secretaria, o governador baiano, Jaques Wagner (PT), defendeu o subordinado e acusou o MST de ter cometido "um exagero". Segundo Wagner, "as pessoas não podem confundir democracia com baderna" e "não é razoável que a sede da Segurança Pública ou de qualquer outra secretaria seja invadida por uma porção de gente com foice, facão, enxada". "Pode ter sido um ato limite do subsecretário, mas foi um ato para impedir que algo muito pior acontecesse, que seria a ocupação da Secretaria de Segurança por completo", justificou o governador. "O tiro foi para intimidar e não se deixar concluir o processo de ocupação e invasão no prédio da Secretaria de Segurança Pública. Daqui a pouco, um integrante do movimento ia estar sentado na cadeira do secretário. Só me faltava essa". A confusão ocorreu por volta das 8 horas de terça-feira. Um grupo de cerca de mil integrantes do MST, que acampava na área externa da sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na Bahia desde a segunda-feira, decidiu ir até o prédio da SSP, que fica nas proximidades, para protestar contra a demora na investigação sobre o assassinato de Fábio Santos, um dos líderes do movimento no Estado, morto a tiros em abril, no município de Iguaí, 497 quilômetros ao sul de Salvador. Segundo as lideranças do MST, assim que a manifestação chegou à sede da secretaria, Pereira teria começado a atirar, dando três disparos.

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