terça-feira, 24 de setembro de 2013

PSB SE OFENDE COM NOTA OFICIAL LANÇADA PELO PT

A nota do PT agrediu profundamente o PSB. A cúpula do PSB considerou desrespeitosa a nota divulgada pelo PT em resposta à sua decisão de não mais participar do governo de Dilma Rousseff. Aprovado em reunião da Executiva petista na segunda-feira, o texto trata a sucessão de 2014 como mera reedição da disputa PT X PSDB. E insinua que não restaria a Eduardo Campos e seus correligionários senão apoiar a reeleição de Dilma. Sob pena de se associarem ao atraso. Uma liderança do PSB ironizou: “O PT virou um partido caolho. Vê tudo pela metade. E só enxerga a metade em que aparece o seu próprio umbigo". A outra liderença socialista replicou: “O brasileiro está de saco cheio da polarização entre petistas e tucanos. Dilma despencou para patamares abaixo dos 40%. Marina Silva tem 26% do eleitorado. Sem fazer campanha, o Eduardo Campos foi a 7%. Só não vê o que se passa quem está cego". A nota do PT foi redigida com o propósito de apaziguar os ânimos, acredite. Em um dos seus tópicos, a legenda sinaliza a intenção de manter sua infantaria nos cargos que ocupa em Estados governados pelo PSB: PE, CE, PI, ES e AP. “Onde o PT decidiu participar de governos dirigidos pelo PSB, assim como onde o PSB participa de governos dirigidos pelo PT, deve prevalecer o debate programático, mantendo a diretriz de que os cargos estão sempre à disposição". Chegou-se a essa fórmula após interferência de Lula. Em privado, o presidente do PT, Rui Falcão, dizia preferir que seu partido também desembarcasse dos governos geridos pelo PSB. Por mal do pecados, o trecho referente aos cargos, item 4 da nota, foi o que menos chamou a atenção da turma de Eduardo Campos. O que motivou a irritação foram, sobretudo, os itens 1 e 2. Em um, o PT sustenta que 2014 repetirá a polarização de 2002, 2006 e 2010. Em outro, fulmina a hipótese do surgimento de nomes alternativos: “Tanto no primeiro quanto no segundo turno, a disputa colocará os partidos em dois campos distintos, um deles representado pelos avanços promovidos pelos governos de Lula e de Dilma, e outro, representado pelos governos hegemonizados pelo PSDB, DEM e PPS".

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