terça-feira, 10 de setembro de 2013

REESTATIZAÇÃO ALOPRADA DE ESTRADAS PEDAGIADAS COMEÇA A MOSTRAR RESULTADOS PERVERSOS NO RIO GRANDE DO SUL

Do jornalista Políbio Braga - Há dois meses, dia 28 de junho, o jornal O Pioneiro, Caxias, publicou a foto ao lado de uma estrada reestatizada. Título da reportagem: "Os buracos chegaram". A multiplicação de buracos, acidentados sem serviço de atendimento médico, carros quebrados sem apoio de guinchos, tudo isto é resultado da vesgueira política do atual governo do Rio Grande do Sul, que vai na contramão do que faz outro governo do próprio partido do governador, o governo Dilma. Resultado: surgiu a primeira ação judicial contra a EGR, exigindo o retorno dos serviços que eram oferecidos pelos concessionários privados. O autor é o promotor Pedro Porto. Ele quer que não seja cobrado pedágio na praça de Venâncio Aires (rodovia Santa Cruz-Venâncio), enquanto não retornarem ambulâncias e guinchos. O que argumenta o promotor: a) se os serviços foram suprimidos e as estradas pioraram, na prática o usuário está pagando mais caro; b) o incidente comprova a farsa da reestatização. Além disto, promotores de outras regiões poderão repetir a dose. Muito antes do que se imaginava, as estradas estaduais que foram retiradas das mãos das concessionárias privadas e voltaram para as mãos do governo recomeçaram a apresentar os mesmos problemas existentes quando eram administradas pelo Daer. O governador Tarso Genro e o PT resolveram criar uma nova estatal, a EGR, exclusivamente para responder pela administração das estradas pedagiadas. A decisão política tem viés estatizante e  serviu para dar emprego a centenas de companheirinhos. A EGR reduziu as tarifas dos pedágios, mas não acabou com eles, ao contrário das promessas do governo e do PT. A equação que permitiu a redução das tarifas, implicou na supressão de serviços que eram oferecidos anteriormente, como ambulâncias e guinchos, e além disto implicou em suprimir obras novas e reduzir drasticamente os serviços de manutenção.

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