domingo, 22 de setembro de 2013

SOLDADOS QUENIANOS E ISRAELENSES AVANÇAM SOBRE TERRORISTAS ISLÂMICOS QUE MATARAM 68 PESSOAS EM SHOPPING DE NAIRÓBI

Forças quenianas e israelenses libertaram diversos reféns e ocuparam na noite deste domingo a maior parte do shopping em Nairóbi atacado no sábado por um grupo islâmico somali que matou 68 pessoas e que seguia entrincheirado no local. "A maioria dos reféns foi resgatada e as forças de segurança assumiram o controle de quase todos os pontos do prédio" do shopping, informou o Exército queniano no Twitter. "Todos os esforços estão sendo feitos para acabar rapidamente com este assunto". Segundo a Cruz Vermelha, o ataque do grupo somali 'shebab', ligado à Al-Qaeda, deixou 68 mortos e 175 feridos, incluindo muitos estrangeiros, no shopping Westgate (https://maps.google.com/maps?q=SHOPPING+WESTGATE,+NAIROBI,+QUENIA&hl=pt-BR&ie=UTF8&ll=-1.256739,36.803175&spn=0.002682,0.005284&sll=-10,-55&sspn=79.499539,173.144531&t=h&hq=SHOPPING+WESTGATE,&hnear=Nairobi,+Nairobi+Province,+Qu%C3%AAnia&z=18 ). Forças especiais israelenses que chegaram neste domingo apoiam os militares e policiais quenianos. A operação final teve início à noite, mais de 30 horas depois do ataque ao shopping por um grupo de homens encapuzados, que entrou disparando com armas automáticas e lançando granadas contra clientes e funcionários. Mais cedo, o ministro do Interior, Ole Lenku, revelou que "entre 10 e 15" terroristas continuavam no shopping com reféns. Um policial advertiu que "o número de mortos pode aumentar a julgar pelos corpos que vimos dentro" do shopping. "Há mais mortos no interior e alguns criminosos seguem armados, lançam granadas e disparam contra a polícia". Segundo a ministra encarregada dos franceses no Exterior, Hélène Conway-Mouret, os terroristas "executaram todos que estavam em seu caminho": "Entraram no shopping para matar, para provocar o maior número de vítimas". As duas francesas - mãe e filha - mortas no ataque "foram covardemente atacadas, executadas no estacionamento do shopping quando chegavam para fazer compras", declarou Conway-Mouret ao canal de televisão BFM-TV. O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, declarou que seu sobrinho e a noiva dele estavam entre as vítimas fatais do ataque. "Não poderão escapar das consequências de seus atos desprezíveis e brutais", disse Kenyata em um emotivo discurso à nação. "Castigaremos os autores intelectuais" deste ataque", garantiu. O médico peruano Juan Jesús Ortiz, ex-vice-diretor do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Quênia, figura entre os falecidos. Ortiz, de 63 anos, estava no shopping com a filha, que ficou ferida e recebeu atendimento médico. Ortiz trabalhava como consultor internacional da Unicef e do Banco Mundial em saúde pública em Nairóbi, onde vivia há anos. O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, afirmou que o ataque foi um ato completamente reprovável. "Este ato premeditado, que ataca civis indefesos, é totalmente reprovável. Os autores devem ser conduzidos à justiça o quanto antes", lamentou. Três britânicos, uma holandesa, um sul-africano, uma sul-coreana e dois indianos, além do famoso poeta ganês Kofi Awoonor, estão entre os mortos. Americanos também estavam no shopping Westgate no momento do ataque e cinco ficaram feridos. Muitos soldados com capacetes e coletes à prova de balas, alguns com lança-granadas, foram mobilizados nos arredores do centro comercial. Clientes e funcionários do shopping, traumatizados e presos por longas horas no estabelecimento, saíram na noite de sábado em pequenos grupos à medida que avançava a lenta e prudente operação das forças de segurança. Os feridos e os corpos das vítimas já recolhidos foram transferidos pelos serviços de emergência. Este centro comercial, aberto em 2007 e com uma participação de capital israelense, tem restaurantes, cafés, bancos, várias salas de cinema e um grande supermercado, onde no sábado muitas famílias faziam compras. As empresas de segurança mencionavam regularmente o Westgate Mall, que atrai milhares de pessoas, como possível alvo de grupos relacionados à Al-Qaeda. Na noite de sábado, o grupo somali shebab, vinculado à Al-Qaeda, reivindicou através do Twitter o massacre e afirmou que a operação era uma represália contra a intervenção das tropas quenianas na Somália, ressaltando que "preveniram o Quênia em diversas ocasiões". "A mensagem que enviamos ao governo e à população quenianos é e será sempre a mesma, retirem todas as suas forças de nosso país". As Forças Armadas quenianas entraram na Somália em 2011 e desde então mantêm sua presença no sul do país no âmbito de uma força africana multinacional que apóia o governo somali em sua luta contra os terroristas islâmicos shebab.

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