sexta-feira, 18 de outubro de 2013

AUDIÊNCIA DE APELAÇÃO DE ATIVISTA BRASILEIRA PRESA NA RÚSSIA É ADIADA

A ausência de um tradutor juramentado fez com que a audiência de apelação da brasileira Ana Paula Maciel, marcada para esta quinta-feira, fosse adiada para uma data ainda a ser definida. Ativista da organização ambiental Greenpeace, Ana Paula está presa na Rússia desde setembro, acusada de pirataria, após participar de ação de protesto contra a exploração de petróleo na região do Ártico, consistente na tentativa de invasão de uma plataforma petrolífera marítima da empresa russa Gazprom, no Mar de Barents. Os advogados da organização entraram com um pedido para que ela possa responder à acusação em liberdade provisória. Preso pelos mesmos motivos, um ativista argentino também não depôs por falta de um tradutor. Até agora, a Justiça russa negou o pedido de liberdade provisória, sob fiança, a 15 pessoas. O grupo de 28 ativistas e dois jornalistas está em prisão preventiva desde 19 de setembro. Onze ganhadores do Prêmio Nobel da Paz escreveram carta ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, pedindo liberdade para os ativistas. “A exploração de petróleo no Ártico é uma atividade de altíssimo risco. Um eventual vazamento de óleo, ali, teria um impacto catastrófico em uma das regiões mais ricas, bonitas e preservadas do planeta”, escreveram na carta. “O impacto de um vazamento sobre as comunidades que vivem no Ártico e sobre espécies de animais que já estão ameaçadas seriam devastadoras”, diz ainda o documento assinado por Desmond Tutu (África do Sul), Betty Williams (Irlanda do Norte), Oscar Arias Sanchez (Costa Rica), Jody Williams (EUA), Leymah Gbowee (Libéria), Tawakkol Karman (Iémen), Rigoberta Menchu Tum (Guatemala), Mairead Maguire (Irlanda do Norte), Shirin Ebadi (Irã), Jose Ramos Horta (Timor Leste), Adolpho Perez Esquivel (Argentina). Só uma perguntinha: os ativistas do Greenpeace poderiam invadir plataformas petrolíferas no mar brasileiro e ficaria tudo por isso mesmo?

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