sábado, 12 de outubro de 2013

CIA ALERTOU PARA ATITUDES SUSPEITAS DO ESPIÃO TRAIDOR SNOWDEN JÁ EM 2009

Quatro anos antes de o espião traidor Edward Snowden vazar documentos sobre a vasta rede de espionagem operada pelo governo americano, a CIA já havia emitido um alerta sobre atitudes suspeitas do técnico de informática. Reportagem publicada nesta sexta-feira pelo jornal The New York Times afirma que, em 2009, o supervisor de Snowden no serviço secreto americano escreveu um relatório negativo sobre o funcionário. A CIA suspeitava que o técnico estava tentando acessar arquivos secretos sem autorização e por isso resolveu dispensá-lo. O alerta foi ignorado e Snowden acabou trabalhando também para a Agência de Segurança Nacional (NSA), antes de repassar milhares de documentos a jornalistas. O americano de 30 anos tinha uma posição modesta na hierarquia da espionagem americana. Depois de sua passagem pela CIA, ele se tornou funcionário da Booz Allen Hamilton, uma empresa privada que presta serviços de segurança para o governo. Acabou transferido para o Havaí para atuar como especialista em computação de uma unidade da NSA. Em pouco tempo, conseguiu reunir os arquivos secretos em um pen drive, pediu licença não remunerada e nunca mais voltou. Segundo o The New York Times, a NSA, a CIA e o FBI não quiseram comentar a natureza precisa do aviso sobre o técnico e o motivo de não ter sido considerado. A reportagem admite que é difícil saber o que poderia ter acontecido se os supervisores da NSA tivessem conhecimento do alerta emitido pela CIA. “É possível que a informação tenha se perdido”, disse Charles B. Sowell, um ex-funcionário do alto escalão do Diretório Nacional de Inteligência dos Estados Unidos. Os sistemas eletrônicos das agências de inteligência americanas geralmente avaliam somente infrações graves. Assim, o relatório sobre Snowden só seria repassado à NSA se houvesse uma solicitação específica. Com o escândalo, esse procedimento foi revisado, e advertências de menor gravidade agora também estão sendo informadas às agências. As autoridades americanas querem julgar o técnico por espionagem, mas ele conseguiu asilo temporário na Rússia.

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