quinta-feira, 3 de outubro de 2013

EMPRESÁRIO DE FANCARIA EIKE BATISTA RECORRE A FUNDOS ABUTRES PARA TENTAR SALVAR A OGX

Investidores especializados em financiar processos de recuperação de companhias à beira da falência são o alvo da OGX para tentar, ainda este ano, submergir do abismo em que se encontra. Na próxima semana, integrantes da cúpula da companhia de Eike Batista retornam a Nova York para mais uma rodada com eventuais interessados. Na semana passada, as conversas nos Estados Unidos envolveram cinco representantes de empresas do tipo, como fundos de private equity. A eles a companhia de Eike Batista oferece parceria em troca de lotes de capital que possam acumular o montante de 400 milhões de dólares, mínimo necessário para o desenvolvimento do campo de Tubarão Martelo, última aposta de produção do grupo. Parece missão impossível. Mas, na mesa, os executivos expõem as garantias do processo de recuperação judicial, que será protocolado nas próximas semanas e deve assegurar uma porta de saída a eventuais novos investidores. Estes fundos estão sendo vistos como a tábua de salvação da OGX, já que a possibilidade de trazer recursos novos dos investidores que compraram os bônus (bondholders) emitidos pela OGX é mais do que remota. Os bondholders estão, aos poucos, sendo convencidos do processo de transformar seus créditos em ações da companhia, mas não há qualquer esperança de que aportem mais dinheiro na empresa. O problema é que a empresa já trabalha, segundo fontes, com o cálculo de que em torno de 70% dos bônus estejam em mãos de investidores de curto prazo. Em negócios desse tipo faz sentido comprar o papel a 0,17 real para sair ao nível atual da cotação, entre 0,23 e 0,25 real. Os esforços do processo de reestruturação estarão concentrados na produção de Tubarão Martelo, uma tarefa difícil, diante do pouco tempo disponível para a reversão do quadro atual. Pelos cálculos do grupo de Eike Batista, a entrada em produção do campo, localizado na Bacia de Campos - e que mantém a intenção de entrar em atividade no último trimestre - poderia ter o reflexo imediato de elevar em duas vezes e meia o valor da empresa. A reestruturação está calcada neste fôlego, já que hoje a companhia acumula dívidas de 3,6 bilhões de dólares e não chega a valer 2,5 bilhões de dólares.

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