terça-feira, 1 de outubro de 2013

INSPETORES CHEGAM À SÍRIA PARA SUPERVISIONAR DESTRUIÇÃO DE ARMAS QUÍMICAS

Os inspetores internacionais encarregados de iniciar a operação de desmantelamento das armas químicas sírias chegaram nesta terça-feira em Damasco para iniciar uma operação histórica, que consiste em eliminar em pleno conflito de um arsenal proibido estimado em mil toneladas. Os 19 inspetores da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ), encarregados de supervisionar a aplicação de uma resolução da ONU que prevê a destruição do arsenal químico sírio, chegaram a Damasco em um comboio de cerca de 20 veículos brancos provenientes do Líbano. Eles são acompanhados de 14 funcionários da ONU. Sua missão, estabelecida após uma queda de braço inédita depois da guerra fria entre os Estados Unidos e a Rússia, é uma das operações de desarmamento mais ambiciosas e mais perigosas já tentadas. A destruição de arsenais químicos já foi realizada no Iraque e na Líbia, mas nunca em plena guerra. E a Síria mergulha cada dia mais em um conflito complexo que deixou mais de 115.000 mortos em dois anos e meio. Segundo o Observatório Sírio dos Direitos do Homem (OSDH), que se baseia em uma ampla rede de militantes e médicos em toda a Síria, a violência deixou mais de 47.000 mortos entre os combatentes leais ao regime do presidente Bashar al-Assad e cerca de 23.000 do lado rebelde. Entre os aliados do presidente Assad mortos estão 174 membros da organização terrorista Hezbollah xiita libanês, que combate ao lado do regime. No incidente mais violento desta terça-feira, pelo menos 20 combatentes rebeldes, incluindo jihadistas da Frente al-Nosra, morreram em um bombardeio das forças do regime com o objetivo de abrir uma rota de abastecimento militar entre o centro e Aleppo (norte), segundo o OSDH.

Nenhum comentário: