quarta-feira, 30 de outubro de 2013

ISRAEL LIBERTA PRESOS PALESTINOS, MAS QUER AMPLIAR ASSENTAMENTOS

Após libertar na terça-feira 26 presos palestinos, como parte de um processo de paz mediado pelos Estados Unidos, Israel anunciou que mantém planos para construir mais casas para colonos judeus, numa atitude interpretada pela mídia israelense como uma tentativa de agradar as alas mais radicais da coalizão que governa Israel. Paralelamente à libertação, o Ministério do Interior israelense anunciou nesta quarta-feira que levará adiante os planos para a construção de 1.500 novas moradias em Ramat Shlomo, assentamento que fica numa área da Cisjordânia vista por Israel como parte de Jerusalém. A decisão de Israel teve o aval do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e do ministro do Interior, Gidéon Saar. De acordo com a mídia israelense, Netanyahu vinculou a libertação do segundo grupo de presos palestinos à autorização da construção das casas como uma forma de compensar a ala dura de seu governo, principalmente o partido Lar Judaico, favorável aos colonos judeus da Cisjordânia, que pressionava o primeiro-ministro para cancelar a anistia. Além das novas construções, Israel permitirá a expansão das casas já existentes e o desenvolvimento de dois projetos: um centro turístico e arqueológico fora das muralhas da Cidade Velha e um parque nacional, nas encostas do Monte Scopus. O projeto foi anunciado inicialmente em 2010, mas desagradou aos Estados Unidos por atrapalhar o processo de paz, e por isso foi arquivado. Em dezembro de 2012, Israel anunciou a intenção de retomar o projeto, mas o arquivou novamente em março deste ano, antes de uma visita do presidente norte-americano, Barack Obama.

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