quarta-feira, 9 de outubro de 2013

JUSTIÇA PAULISTA NEGA REINTEGRAÇÃO DE POSSE DA REITORIA DA USP

O pedido de reintegração de posse da reitoria da Universidade de São Paulo (USP) foi negado nesta quarta-feira pelo juiz Adriano Marcos Laroca, do Tribunal de Justiça paulista. A decisão foi tomada após a audiência de conciliação entre estudantes e representantes da universidade, ocorrida na terça-feira, ter terminado sem acordo. A invasão do prédio, iniciada em 1º de outubro, é por eleições diretas para reitor, votação paritária entre as três categorias (alunos, funcionários e professores) e o fim da lista tríplice, que confere ao governador a escolha do reitor entre os três mais votados. No despacho, o juiz diz que, a partir da audiência, ficou clara a "possibilidade de retomada do prédio sem uso da força, bastando a cessação da intransigência da reitoria em dialogar". Laroca considera que a "desocupação involuntária, violenta, causaria mais danos à USP e aos seus estudantes do que a decorrente da própria ocupação, indefiro, por ora, a liminar de reintegração de posse", assinala. No entendimento do juiz, a reitoria fez a opção de judicializar a ocupação política sem iniciar diálogo com os estudantes. "Fez uma opção clara pelo uso da força, ao invés do debate democrático", avaliou. Embora considere a ocupação uma medida "custosa" tanto à USP como aos estudantes, ele considera que isso é menos problemático "do que a manutenção de normas eletivas de cunho autoritário". Laroca discorda de o assunto ser levado à Justiça.

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