quinta-feira, 31 de outubro de 2013

OGX DIZ QUE ACORDO COM PETRONAS DEVE IR PARA ARBITRAGEM

A problemática OGX, petroleira de Eike Batista, informou nesta quinta-feira que o acordo assinado com a malaia Petronas para a venda de participação de áreas na Bacia de Campos "provavelmente vai gerar um processo arbitral para resolução da questão". O acordo previa um pagamento pela Petronas de 850 milhões de dólares à OGX - 250 milhões de imediato - pela compra de 40% dos blocos BM-C-39 e BM-C-40, onde está o campo de Tubarão Martelo. As negociações, anunciadas em maio, estavam paralisadas.  A Petronas informou em agosto que aguardaria a reestruturação da dívida da petroleira brasileira para dar prosseguimento ao negócio. Desde julho, quando a petroleira desistiu de investir em alguns campos da Bacia de Santos, Tubarão Martelo começou a ser apontado como o principal ativo da companhia. Seu início de produção é esperado para a segunda metade de novembro de acordo com fontes ouvidas pela agência de notícias Reuters. Contudo, no início de outubro, a OGX informou ao mercado que as reservas prováveis de Tubarão Martelo são um terço do volume total recuperável estimado inicialmente pela companhia. A reserva provável é quando a empresa identifica indícios de que há 50% de chance do óleo ser comercialmente viável, enquanto as possíveis só apresentam 10% de probabilidade. Segundo a consultoria Degolyer & McNaughton, o campo possui reserva provável de 87,9 milhões de barris de óleo equivalente (boe) e possível de 108,5 milhões de boe. A consultoria, porém, não encontrou nenhuma reserva provada, ou seja, que tenha mais de 90% de chance de ser comercializável. Desde então, os rumores de que a Petronas já teria desistido do acordo só aumentam. Os executivos da petroleira malaia não querem nem negociar diretamente com Eike Batista depois que os porta-vozes da OGX que comandavam as conversas foram demitidos - o ex-presidente Luiz Eduardo Carneiro e o ex-diretor jurídico, José Faveret. O empresário já tentou falar até com o primeiro-ministro da Malásia para resolver o impasse, mas não foi bem-sucedido.

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