sexta-feira, 18 de outubro de 2013

ONS PREVÊ VERÃO CHUVOSO E DESCARTA RISCO DE BLECAUTE NO PAÍS

Os modelos meteorológicos disponíveis apontam para um verão mais chuvoso no País, o que praticamente afasta o risco de blecaute por excesso de demanda. A avaliação é do diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, que espera uma economia de 4,6% no consumo de energia no pico, o equivalente a R$ 400 milhões, durante os 120 dias em que vigorar o horário de verão, que começa à 0h do próximo domingo. Ele pondera, entretanto, que nenhum sistema no mundo é à prova de falhas. “Apagão, nenhum risco. O nível dos reservatórios não é dos melhores, mas não é nada que apavore. O atendimento é garantido. Um outro sinal muito positivo é que nós estamos tendo indicações meteorológicas favoráveis, diferentemente do ano passado, quando o período úmido atrasou muito. Este ano já começou a dar sinal das frentes frias passando para onde interessa, que são as bacias principais do sistema. Elas estão se concentrando mais ao norte da Região Sul, onde estão as principais bacias, como a do Rio Iguaçu, e indo para a Região Sudeste, pegando até a cabeceira do Rio São Francisco”, explicou Chipp. O diretor-geral do ONS ressaltou que está sendo registrado um aumento de temperatura no Atlântico Sul, o que faz as frentes subirem mais rapidamente. “As frentes não param no Sul, indo para as bacias que têm mais capacidade de armazenar água, no Sudeste. Os modelos que a gente utiliza, que é do Cptec (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos) e outros dois americanos, estão dando uma indicação consensual e está se configurando. Segundo os meteorologistas, essa tendência não se reverte". Com a garantia de chuvas nos reservatórios das hidrelétricas, Chipp disse que haverá redução na utilização das termelétricas, o que afasta a possibilidade de aumento na conta de luz do consumidor final, por conta dos encargos cobrados quando o sistema usa muito a energia térmica: “Se configurando essas previsões, deve se reduzir [o uso de termelétricas]”. Chipp disse que o aumento de carga para este ano deverá ficar em 4%, em comparação ao ano anterior, que havia registrado crescimento de 4,2%, valores sempre acima do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), em razão do crescente consumo dos brasileiros de produtos elétricos e eletrônicos, incluindo aparelhos de ar condicionado, especialmente utilizados nos picos de calor do verão.

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