segunda-feira, 7 de outubro de 2013

PESQUISAS PREMIADAS COM PREMIO NOBEL DE MEDICINA AINDA DEVEM DAR ORIGEM A TRATAMENTOS

O Prêmio Nobel de Medicina de 2013 foi concedido a três cientistas que ajudaram a revelar detalhes do funcionamento interno das células humanas. Seus estudos mostraram como uma série de moléculas produzidas dentro dessas células são transportadas e transmitidas para o resto do corpo. As pesquisas, produzidas há mais de duas décadas, serviram, a princípio, para aumentar o conhecimento sobre a fisiologia humana. Nos últimos anos, no entanto, elas começaram a sair das apostilas de ciência básica e a ser levadas aos laboratórios farmacêuticos, onde prometem dar origem a novos tratamentos contra doenças neurológicas e distúrbios hormonais e imunológicos. James E. Rothman nasceu em 1950 na cidade de Haverhill, nos Estados Unidos. Ele recebeu seu PhD na Faculdade de Medicina de Harvard em 1976, mas iniciou as pesquisas que levariam ao Nobel na Universidade de Stanford, em 1978. Em 2008 , Rothman  passou a lecionar na Universidade de Yale, onde é diretor do Departamento de Biologia Celular. Randy W. Schekman nasceu 1948, em St Paul, nos Estados Unidos. Ele obteve seu doutorado na Universidade de Stanford, em 1974, sob a supervisão de Arthur Kornberg (vencedor do Prêmio Nobel de 1959), no mesmo departamento ao qual Rothman se juntou alguns anos mais tarde . Em 1976, Schekman se transferiu para o corpo docente da Universidade da Califórnia, em Berkeley, onde atualmente é professor do Departamento de Biologia Molecular e Celular. Thomas C. Südhof nasceu em 1955, em Gotinga, na Alemanha. Ele estudou na Universidade de Gotinga, onde recebeu o doutorado em 1982. Após se mudar para os Estados Unidos, Südhof se tornou pesquisador do Instituto Médico Howard Hughes em 1991 e foi nomeado professor de Fisiologia Molecular e Celular da Universidade de Stanford, em 2008. No começo dos anos 1990, quando o último dos estudos agraciados com o Nobel foi realizado, a intenção dos pesquisadores era explicar a extrema regularidade e precisão com que as células humanas são capazes de transportar e secretar substâncias. Randy Schekman explicou a genética por trás do processo, James Rothman mostrou como essas substâncias são entregues exatamente nos lugares que devem atingir e Thomas Südhof, como elas são liberadas nos momentos exatos em que teriam algum efeito. Juntos, descortinaram o processo complexo pelo qual as células transmitem moléculas produzidas dentro delas para o resto do corpo. Isso serve tanto para as células que produzem hormônios, como a insulina, quanto os neurônios, que se comunicam pela emissão de neurotransmissores. As pesquisas básicas, que apenas descrevem os mecanismos estudados e não possuem grandes consequências práticas, nem sempre são reconhecidas com o Nobel de Medicina. Foi o que aconteceu com os três pesquisadores nas primeiras décadas após seus estudos. Os avanços da ciência nos últimos anos, no entanto, têm permitido que os cientistas consigam manipular esse mecanismo no interior das células, levando ao surgimento de uma série de estudos que prometem resultar no desenvolvimento de novos remédios e tratamentos. “Os cientistas descreveram um mecanismo celular muito básico. No decorrer dos últimos vinte anos, esse princípio já foi usado para desenvolver uma série de áreas da medicina, como a endocrinologia e a neurologia, e aumentou a possibilidade de se criar novas drogas para tratar uma série de doenças.

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