quarta-feira, 9 de outubro de 2013

TENTATIVA DE ACORDO ENTRE USO E ALUNOS FRACASSA, CONTINUA A INVASÃO

Representantes da Universidade de São Paulo (USP) e alunos que invadiram o prédio da Reitoria da instituição há uma semana não chegaram a um acordo na reunião de conciliação marcada pela Justiça paulista na tarde desta terça-feira. Agora, o juiz Adriano Laroca, que propôs a reunião, terá 48 horas para tomar uma decisão sobre o pedido feito pela instituição de reitegração de posse do prédio. Participaram do encontro, na 12ª Vara da Fazenda Pública, advogados da USP representando a reitoria, a Associação dos Docentes (Adusp), o Sindicato dos Trabalhadores da universidade (Sintusp) e integrantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE). A reunião, que durou cerca de duas horas, foi fechada para a imprensa. Na saída, os representantes da USP se recusaram a falar sobre a tentativa de acordo. "Lamentamos que tenha faltado diálogo. A universidade pediu a reintegração sem negociar essa posição com o movimento estudantil. Não sairemos enquanto não houver um processo de diálogo", disse Magno de Carvalho, diretor do Sintusp. Segundo ele, o juiz tentou de todas as formas fazer a conciliação, mas a reitoria permanecia irredutível. Pedro Serrano, estudante de ciências sociais e membro do DCE, criticou a falta de interesse da reitoria em estreitar o diálogo e disse que os alunos não vão desistir da mobilização. A invasão da Reitoria foi feita na última semana como "forma de protesto pelo modelo de escolha do reitor da universidade". Um dos pontos mais criticados é a lista tríplice, sistema pelo qual os nomes dos três candidatos mais votados são enviados ao governador do Estado, que decide quem será o reitor.

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