quinta-feira, 24 de outubro de 2013

THE ECONOMIST DIZ QUE LEILÃO DO PRÉ-SAL FOI BARATO E DECEPCIONANTE

A revista britânica The Economist publica na edição que chega neste fim de semana às bancas reportagem sobre o primeiro leilão para exploração do pré-sal sob o regime de partilha. Com o título "Preço barato", a reportagem afirma que a existência de apenas um lance para o Campo de Libra mostra "a fraqueza da abordagem liderada pelo governo para desenvolver as reservas". Para a revista, o resultado do leilão "foi uma decepção". A reportagem aponta que a presença da Shell e da Total no consórcio vencedor permitiu que o governo declarasse o leilão como um sucesso, o que a publicação discorda. "Enquanto o governo esperava mais de 40 empresas interessadas, apenas onze se registraram no leilão", lembra o texto. "E, apesar de ter esperado pelo menos a oferta de seis consórcios, só foi feita uma proposta e com o valor mínimo exigido", diz a reportagem. "A falta de competição foi uma decepção após a euforia de seis anos atrás quando o presidente da época, Lula, descreveu o pré-sal como um 'bilhete de loteria premiado'", diz o texto. Para a revista, uma das causas dessa falta de interesse foi a demora do governo em oferecer os campos. "Durante a longa espera, enquanto as regras do leilão foram reescritas e os governos discutiam como dividir os eventuais recursos, o xisto retirou do pré-sal o título de perspectiva energética mais emocionante do mundo. A maioria do interesse privado desapareceu", completa a reportagem, que destaca a ausência das gigantes BG, BP, Chevron e Exxon. Apesar das críticas, a reportagem reconhece que as perspectivas de extração dos campos nos próximos 35 anos "são tão vastas que os riscos de exploração acabam sendo reduzidos".

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