quarta-feira, 2 de outubro de 2013

USP CAI NO RANKING MUNDIAL E BRASIL DEIXA O GRUPO DE ELITE UNIVERSITÁRIA MUNDIAL

A Universidade de São Paulo (USP) perdeu mais de 60 posições no ranking 2013-2014 da revista britânica Times Higher Education (THE), mais importante avaliação de universidades do mundo, tirando o Brasil do grupo de elite da lista internacional. Depois de ocupar o 158º lugar no ranking do ano passado, a USP aparece agora listada entre a 226ª e a 250ª posições. Após a 200ª colocação, as instituições são reunidas em grupos de 15. As duzentas primeiras colocadas formam o pelotão de elite do ensino superior global. A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) também deu alguns passos atrás, recuando do bloco que reúne as colocações de 251 a 275 para o grupo nivelado entre a 301ª e a 350ª posições. Nenhuma outra instituição brasileira aparece na tabulação da THE. A queda brasileira foi destaque do texto de apresentação do ranking. "O Brasil apresentou um desempenho pobre. Sua melhor universidade, a USP, depois de fazer progressos em rankings anteriores, cai do topo da lista das duzentas melhores. Isso aconteceu principalmente devido a um declínio em sua pontuação na pesquisa de reputação", diz o texto. "Um país deste tamanho e com este poder econômico precisa de universidades de nível mundial para encorajar o crescimento baseado na inovação, então é um grave revés não apenas o Brasil perder sua representante entre as duzentas melhores, a Universidade de São Paulo, mas também a Unicamp ter se distanciado ainda mais do grupo de elite", diz Phil Baty, diretor da THE. As universidades de elite continuam concentradas nos Estados Unidos. O Instituto de Tecnologia da Califórnia (CalTech) conquistou pelo terceiro ano consecutivo o primeiro lugar no ranking, seguido das universidades Harvard e da britânica Oxford — empatadas na segunda posição. Stanford, que em 2012 estava listada em segundo lugar, caiu para o quarto posto. O Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) finaliza o pódio ocupando o quinto degrau. O Brasil não foi o único a apresentar desempenho insatisfatório. Com exceção de Oxford, as melhores universidades da Europa perderam destaque. O Instituto Federal de Tecnologia da Suíça, número um fora de Estados Unidos e Grã-Bretanha, perdeu duas posições e terminou em 14º. A Universidade de Munique recuou e saiu da lista das cinquenta melhores. O movimento foi repetido pelas melhores universidades de Bélgica, França, Holanda, Irlanda e Áustria. As dificuldades da Europa contrastam com o progresso da Ásia. A Universidade de Tóquio assegurou seu status de número um do continente, em 23º lugar, tendo subido quatro posições. Em segundo lugar na Ásia está a Universidade Nacional de Cingapura, 26ª colocada no ranking geral: ela ganhou três posições e ultrapassou a Universidade de Melbourne, da Austrália. A Coreia do Sul também apresentou evolução: a Universidade Nacional de Seul figura entre as cinquenta melhores pela primeira vez, na 44ª posição. Na China, a Universidade de Pequim aparece em 45º lugar, seguida pela Universidade de Tsinghua, em 50º. A Universidade de Hong Kong ficou em 43º lugar. Do seleto grupo das dez melhores universidades do mundo, sete são americanas. O país também domina o pelotão de elite das duzentas melhores instituições do planeta: nada menos do que 77 universidades desse grupo estão localizadas em território americano — uma a mais do que no ano passado. "A transferência de poder do Ocidente para o Oriente não é tão dramática neste ano, já que Estados Unidos e Grã-Bretanha conseguiram impedir quedas alarmantes em nível nacional. Mas a tendência continua: a maioria das melhores universidades da Europa continental derrapou, enquanto as mais importantes da Ásia, em sua maioria, evoluíram", diz Phil Baty. Já o continente africano continua com apenas um representante na lista: a Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul. Para a confecção do ranking, a revista THE analisa treze quesitos, agrupados em cinco grupos. Ao longo do ano de 2013, foram entrevistados mais de 10.000 acadêmicos de todo o mundo e analisadas cerca de 50 milhões de citações em periódicos científicos. Todos os dados são tabulados pela Thomson Reuters. http://www.timeshighereducation.co.uk/world-university-rankings/

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