quarta-feira, 2 de outubro de 2013

VENEZUELA CRITICA DECISÃO DOS ESTADOS UNIDOS DE RETRIBUIR EXPULSÃO DE DIPLOMATAS

A decisão dos Estados Unidos de expulsar três diplomatas venezuelanos, anunciada como medida de reciprocidade pela expulsão de diplomatas norte-americanos, foi recebida nesta quarta-feira com críticas pelo governo da Venezuela. Em comunicado sobre a retaliação, o Ministério das Relações Exteriores do país disse "não considerá-la recíproca", porque os funcionários venezuelanos não tiveram uma má conduta diplomática. A expulsão dos diplomatas norte-americanos foi anunciada pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, na segunda-feira. Segundo ele, os funcionários da Embaixada dos Estados Unidos em Caracas participaram de reuniões com a oposição no país para elaborar “planos de sabotagem energética e econômica”. Na nota que reage à decisão dos Estados Unidos, o governo venezuelano disse que seus diplomatas não tiveram a mesma atuação. “Eles não ousaram, em nenhum momento, participar de reuniões com grupos contrários ao governo do presidente Barack Obama e com pessoas interessadas em atuar contra o governo americano”, acrescentou o comunicado. O encarregado de negócios da Venezuela em Washington, Calixto Ortega, já foi notificado sobre a expulsão. A segunda-secretária da embaixada, Mónica Alejandra Sánchez Morales, e a consulesa venezuelana na cidade de Houston, Marisol Gutiérrez de Almeida, também terão de deixar o país. Kelly Keirderling, uma das diplomatas norte-americanas expulsas e ex-encarregada de negócios em Caracas, lamentou as acusações recebidas quanto à sua suposta participação em planos de sabotagem do sistema elétrico. “Meu trabalho era o que comumente fazem os diplomatas para entender bem o país. Todas as acusações de sabotagem, de conspiração, de que nós vamos acabar com o mundo, todas são falsas", disse em Caracas.

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