quarta-feira, 9 de outubro de 2013

VIDEO PROVA A PARCERIA ENTRE SUSPOSTOS "MANIFESTANTES PACÍFICOS" E BLACK BLOCS. E NÃO HÁ NADA QUE A GLOBO OU ESTE BLOG POSSA FAZER A RESPEITO: SÃO APENAS OS FATOS! OU:INCITANDO A VIOLÊNCIA CONTRA OS POLICIAIS

Caetano black bloc
Contestei num post de ontem à noite a abordagem de reportagens do Jornal Nacional sobre a ação dos black blocs em São Paulo e no Rio. Parece haver uma determinação editorial para distinguir as ditas “manifestações pacíficas” da “ação de vândalos”. Ora, quando são coisas diferentes, que as diferenças sejam explicitadas. Quando não são, que os fatos triunfem mesmo sobre a boa vontade e eventuais intenções até mais meritórias.Infelizmente para o bom senso, black blocs e professores e/ou manifestantes firmaram uma parceria. Os jornalistas que estão nas ruas sabem disso. Mesmo aqueles que são simpáticos à ação dos mascarados, e eles existem, têm consciência de que estou falando a verdade. De resto, há mais do que fotos. Vejam este vídeo. Volto em seguida.
Voltei
A parceria está aí: clara, inequívoca, inquestionável, evidente, escancarada. Se a gente negar a realidade e fizer de conta que ela é outra coisa, passa a ser, por isso outra coisa? Não sei quem é aquele rapaz que fala. Se for professor, pobres adolescentes! O seu entusiasmo só não é maior do que a sua ignorância e a sordidez moral do que diz. Comparar a ação da Polícia Militar, mesmo quando ela é violenta e ilegal, à dos nazistas vai além da indigência intelectual. O problema está menos em ele superestimar as eventuais ações condenáveis de policiais do que em subestimar a estupidez do nazismo. De resto, olhem quem recorre ao nazismo como exemplo de coisa condenável! Alguém que defende a ação da black blocs, que só se distinguem, na truculência, da SA nazista, comandada por Ernst Röhm, porque os delinquentes alemães não andavam mascarados. Atentem para um aspecto perigoso do discurso desse rapaz: ele incita, na prática, a violência dos que o ouvem contra os policiais, como se, de fato, não estivessem submetidos a regras de comando e obediência — aliás, a grande desgraça é quando não estão. De resto, fosse como ele diz, todos os soldados alemães, ao fim da guerra, teriam ido parar na cadeia, o que é, obviamente, mentira! É esse tipo de coisa que está em curso no Rio — e em várias partes do país. Tentar distinguir o trabalho dessa militância da ação dos black blocs é muito menos do que matéria de opinião ou de uma leitura da realidade: trata-se apenas de uma mentira. E não é assim porque eu quero. É assim porque eles querem.
Chega!
É hora de chamar as coisas pelo nome e de distribuir as responsabilidades segundo a ação de cada um. A população da cidade do Rio já está sendo punida o bastante pelo fato de o PSOL ter sequestrado o sindicato dos professores e usá-lo como instrumento de seus delírios, o que nenhuma reportagem de TV, até agora, abordou com a devida clareza. A população não tem o direito de saber? Se a Globo e quaisquer outras emissoras fizerem mais 50 reportagens tentando distinguir dos black blocs os que convocam manifestações supostamente pacíficas, nem por isso eles deixarão de estar unidos. Nem por isso um fato deixará de ser um fato.
Por que Marcelo Freixo não vem a público para condenar a violência dos mascarados?
Por que Lindbergh Farias não vem a público para condenar a violência dos mascarados?
Por que a direção do sindicato não  vem a público para condenar a violência dos mascarados?
Isso me lembra alguns inocentes que tentavam, não faz muito tempo, distinguir o trabalho da chamada “Mídia Ninja” da ação dos mascarados trogloditas. Bruno Torturra e Pablo Capilé, chefões do Fora do Eixo, foram ao Roda Viva. Foi-lhes dada a chance de censurar a violência dos black blocs. Não só não o fizeram como Torturra tentou ainda teorizar, afirmando que, para ele, os truculentos representavam, antes de mais nada, uma “estética”. Sem dúvida! E Torturra e seu amigo representavam lá uma ética.
PS: “E por que você pega no pé de Caetano Veloso?” Ora, estou dando a ele a chance de se desculpar por ter posado fantasiado de bandoleiro mascarado. Como ele, até agora, não o fez, estou usando a máxima daquela raposinha chatinha de “O Pequeno Príncipe”: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”. Por mim, ele só cantava. Mas também quer fazer política, além de defender, em circunstâncias especiais, a censura prévia no Brasil no caso das biografias. Um naufrágio! Por Reinaldo Azevedo

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