domingo, 10 de novembro de 2013

ACORDO NUCLEAR COM IRÃ LEVA GRANDES POTÊNCIAS A GENEBRA

Os chefes da diplomacia das grandes potências ocidentais juntaram-se, na sexta-feira, às discussões sobre o programa nuclear iraniano, que ocorrem em Genebra. O fato alimenta expetativas quanto a um acordo próximo, depois de anos de impasse. Intensas negociações diplomáticas ocorreram na noite de sexta-feira e se estenderam pelo fim de semana. O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, anunciou que iria chegar à Suíça no sábado, o que confirmou que as negociações iriam prolongar-se por mais um dia. Uma reunião tripartite entre a alto representante da União para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança e vice-presidente da Comissão Europeia, Catherine Ashton, o norte-americano, John Kerry, e o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irã, Mohmmad Javad Zarif, deu início à missão da União Européia, em Genebra. “Há muitos problemas que tocam nos interesses fundamentais de vários países. É a razão pela qual o nível da negociação passou para o de ministro”, explicou o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Riabkov. “Sábado, esperamos alcançar o resultado que o mundo inteiro espera”, acrescentou Riabkov. “Nenhum dos participantes quer sair sem um resultado positivo”, disse, realçando que o contrário “seria um erro estratégico”. Mas, como prova da possibilidade de uma evolução real depois da eleição de Hassan Rohani para a Presidência iraniana, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, estimou que as negociações em curso “são a ocasião para progressos reais”. Kerry, que interrompeu uma viagem pelo Oriente Médio para se deslocar com urgência a Genebra, juntou-se a representantes da França, Grã-Bretanha e Alemanha, que integram o Grupo dos 5+1 (China, Estados Unidos, Federação Russa, França e Reino Unido, mais a Alemanha), que procura há anos resolver a questão do programa nuclear iraniano. O Irã dispõe de 19 mil centrifugadoras para o enriquecimento de urânio. Israel tornou público o alerta aos ocidentais quanto a um acordo com o Irã. “Israel não é obrigado por este acordo e fará tudo o que for necessário para se defender e defender a segurança do seu povo”, disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, denunciando o que considerou “a burla do século”, durante uma reunião de duas horas, no Aeroporto Ben Gourion, de Tel Aviv, com John Kerry.

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