domingo, 10 de novembro de 2013

CAETANO VELOSO DIZ TER FEITO ESFORÇO PARA DEFENDER "CAUSA ESTRANHA", A CENSURA ÀS BIOGRAFIAS, E PEDE PERDÃO

Após sua crítica a Roberto Carlos e a consequente saída do cantor do grupo Procure Saber, na última terça-feira, Caetano Veloso pediu perdão em sua coluna dominical no jornal "O Globo". "Mesmo que ele nunca mais queira me ver, continuarei amando quem fez 'Fera ferida' e 'Esse Cara Sou Eu'", escreve Caetano Veloso. Em entrevista ao "Fantástico", exibida em 27 de outubro, Roberto Carlos se disse a favor de biografia não autorizada, desde que com "certos ajustes", após intensos debates em torno do apoio dos integrantes do Procure Saber à autorização prévia para biografias. Em 2007, ele tirou de circulação o livro "Roberto Carlos em Detalhes", escrita pelo jornalista Paulo César de Araújo. No artigo publicado em 3 de novembro, o cantor baiano afirmara que Chico Buarque, Gilberto Gil e ele próprio tinham sido criticados pelo apoio à autorização prévia para a publicação de biografias e que Roberto Carlos só surgiu depois: "Apanhamos muito da mídia e das redes, ele vem de Rei". Também atacou a intervenção de advogados de Roberto Carlos na associação Procure Saber para administrar o desgaste público sofrido pelos músicos. Agora, Caetano Veloso diz: "Minhas trombadas nascem de querer quebrar algum esquema cristalizado que me impacienta. Não tenho o direito, acho. Não sou terapeuta dele nem palmatória do mundo".  O homem que cantou, ao lado de Jorge Mautner, que não pede desculpa nem perdão terminou o texto desta semana em tom transigente: "Eu tinha feito muito esforço para defender a parte que acho defensável de uma causa que me estranha. Peço perdão".

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