terça-feira, 19 de novembro de 2013

CINCO CONSÓRCIOS APRESENTAM PROPOSTAS PARA O GALEÃO E CONFINS

O prazo para a apresentação das propostas para o leilão dos aeroportos de Galeão e Confins se encerrou na tarde desta segunda-feira, com a participação de ao menos cinco consórcios. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) não divulgou informações oficiais sobre o número de participantes e afirmou que os nomes não serão apresentados antes do leilão, que deve ocorrer na sexta-feira. Apenas as empresas desclassificadas, conforme as propostas apresentadas nesta segunda-feira, terão seus nomes divulgados pela Anac. Só cinco consórcios apresentaram propostas para o aeroporto de Galeão. E, entre eles, três deram lances também por Confins. A empresa CCR, da Camargo Correa, associou-se à operadora alemã Flughafen, que controla os aeroportos de Munique, na Alemanha, e Zurique, na Suíça. Já a Queiroz Galvão associou-se à espanhola Ferrovial, operadora de Heathrow, em Londres, e a Carioca Engenharia uniu-se à GP Investimentos e às operadoras Aéroports de Paris (França) e Schiphol (Holanda). A Odebrecht Aeroportos retomou a parceria com a operadora Changi, de Cingapura, e foi a única a confirmar ter feito ofertas pelos dois aeroportos. O último consórcio do grupo é integrado pela Ecorodovias e pela operadora alemã Fraport, também repetindo a mesma parceria formada para o leilão de Guarulhos, Viracopos e Brasília, em 2012. A novidade é que a Invepar, empresa de infraestrutura que arrematou Guarulhos, associou-se ao grupo, com 14,99% da fatia que corresponde à iniciativa privada no consórcio. O leilão de Confins e Galeão é considerado tanto pelo governo como pelo setor privado como o mais organizado e equilibrado entre todos os certames realizados ao longo do governo Dilma. A experiência com Guarulhos, Viracopos e Brasília fez com que o Palácio do Planalto revisasse as regras do edital e apertasse as exigências do novo leilão para evitar a entrada de empresas incompatíveis com o tamanho dos aeroportos brasileiros a serem privatizados. No ano passado, a presidente Dilma ficou insatisfeita, para dizer o mínimo, com o fato de as grandes operadoras aeroportuárias terem ficado de fora dos consórcios vencedores. Viracopos, visto pela presidente como o de maior potencial do País, será operado pela francesa Égis, cujo maior aeroporto sob gestão é o de Chipre, na Europa. A própria ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, reconheceu que o leilão se mostrou mais atrativo que o de rodovias, ocorrido em setembro. O governo marcou os próximos leilões de rodovias federais para depois da disputa pelos aeroportos, segundo a ministra, justamente porque muitos dos grupos que atuam nas concessões de estradas também vão participar da concorrência pelos aeroportos em sociedade com operadores estrangeiros. O governo tem agendado para 27 de novembro a licitação da BR-163 no Mato Grosso. Em 4 de dezembro, será a vez do lote que envolve trechos das BRs 060/153/262 entre Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais. Ainda em 2013, o governo espera leiloar a BR-163 no Mato Grosso do Sul, em 17 de dezembro, e a BR-040 (MG-DF) em 27 de dezembro. O último depende da aprovação do edital pelo Tribunal de Contas da União (TCU) até o fim deste mês. Questionada sobre o leilão de novos aeroportos, Gleisi disse que o governo ainda está estudando. “Há possibilidade, mas 2014 é um ano mais difícil de definir, até porque temos limitações legais”, disse, referindo-se ao período eleitoral.

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