terça-feira, 12 de novembro de 2013

COLÔMBIA RECONHECE RESPONSABILIDADE POR DESOCUPAÇÃO DE PALÁCIO EM 1985

O Estado colombiano reconheceu sua responsabilidade no incidente de retomada do Palácio de Justiça, em Bogotá, em novembro de 1985, após a ocupação do local por terroristas do M-19. Com a ação militar, 13 pessoas desapareceram ou morreram. O reconhecimento já era esperado pela Colômbia e aconteceu, nesta terça-feira, durante a audiência da Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH), no Brasil. Na sessão extraordinária da Corte IDH, que acontece nesta terça e na quarta-feira, no auditório do Tribunal Superior do Trabalho, são ouvidas testemunhas, peritos e vítimas do caso Rodríguez-Vera e outros contra a Colômbia. Já no começo da sessão, Adriana Guillén, diretora da Agência de Defesa Jurídica da Nação (órgão de defensoria da Colômbia) admitiu a responsabilidade do país no que aconteceu. "O Estado Colombiano não cessará os esforços para conhecer a verdade e fazer justiça. Do mesmo modo, as feridas ainda não cicatrizaram e o Estado colombiano lamenta sua dor", declarou em tom emotivo. Antes que ela se pronunciasse, o presidente da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), José de Jesús Orozco, disse que houve tortura, desaparecimento forçado e "ações coordenadas" nos acontecimentos, por parte das autoridades colombianas. Orozco acrescentou que o objetivo da operação era "eliminar" as pessoas que participaram da tomada do Palácio de Justiça, em 1985, ação liderada por terroristas integrantes do M-19. Para a comissão não houve avanços significativos internos na investigação e julgamento das desaparições e torturas registradas na época.

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