quarta-feira, 13 de novembro de 2013

EXECUÇÃO DE PENAS DO MENSALÃO DO PT SURPREENDE OS PETISTAS NO PALÁCIO DO PLANALTO

A retomada da discussão sobre execução das penas dos mensaleiros pelo Supremo Tribunal Federal causou completa surpresa no Palácio do Planalto. Ninguém esperava que a reabertura do julgamento tratando da decisão sobre a prisão dos envolvidos pudesse ocorrer agora. E muito menos que ela pudesse ser colocada em prática de imediato. Houve quem interpretasse a iniciativa como um golpe para os réus. A presidente petista Dilma Rousseff, no entanto, manteve a mesma postura de quando o tema estava em discussão no Supremo: não trata deste assunto e nem autoriza nenhum de seus assessores e ministros a falarem sobre ele. Ela quer se manter à distância e manter também seu governo à distância dessa discussão, que justifica ser competência apenas do Judiciário. Entretanto, apesar dessa orientação, integrantes do governo avaliavam nesta quarta-feira que liquidar esta questão, no momento, não é de todo ruim. Ao contrário. Se a discussão sobre prisão dos mensaleiros for encerrada ainda este ano, é até bom. O raciocínio é que com isso, se entraria em 2014, o ano da tentativa de reeleição da presidente, com este assunto zerado. Outra avaliação entre interlocutores da presidente é de que este assunto não respinga em hipótese alguma sobre ela, já que a presidente segue adiante nas suas funções independentemente do julgamento. Executa os seus projetos, viaja e inaugura obras. Nesse sentido, o julgamento é questão exclusiva do Judiciário, não do Executivo. Aliás, outro escândalo que está dominando o noticiário do País está também passando à margem do Palácio do Planalto. Trata-se das denúncias envolvendo a Prefeitura de São Paulo e que já derrubou um secretário do prefeito petista Fernando Haddad. Apesar da determinação de Dilma de completo silêncio em relação ao tema, certamente este assunto entrará na pauta das conversas que a presidente terá com o ex-presidente Lula. Os dois se encontrarão na cerimônia de recepção dos restos mortais do ex-presidente João Goulart, nesta quinta-feira, e depois deverão se reunir reservadamente, no Palácio da Alvorada.

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