domingo, 24 de novembro de 2013

GRUPO TAURUS VIVE INFERNO ASTRAL

A mídia tradicional gaúcha (rádio, jornal e TV)  não tem se ocupado dos severos problemas que enfrenta o grupo gaúcho de armas, a Taurus. No centro dos comentários está a polêmica aquisição da Taurus-Máquinas Ferramenta por parte da SudMetal, empresa de Roberto Conil, que na época das discussões sobre o Estatuto do Desarmamento fez lobby para o grupo Taurus em Brasília, já que era vice-presidente Comercial e de Marketing, além de simultaneamente dirigir uma empresa local de representação, a Sulbrás, que recebeu só do grupo Taurus a importância de R$ 12,5 milhões por serviços prestados. Muitas pessoas queixam-se de sucessivos calotes aplicados pela SudMetal. A Taurus também se queixa de problemas com Roberto Conil, que comprou a Taurus-Máquinas e Equipamentos por R$ 115 milhões, não pagou nada, e depois conseguiu reduzir o valor para R$ 57,2 milhões, que também não pagou até agora. A venda para a SudMetal não resolveu pendências da Taurus com outra empresa, a Wotan, de quem  adquiriu, em 2004,  a empresa vendida para a SudMetal. O abatimento concedido a Roberto Conil e os calotes aplicados por ele estão agora no centro de uma queda de braço entre a empresa de auditoria Ernest & Young e a Taurus, porque o grupo gaúcho, que tem ações listadas em Bolsa, não contabilizou corretamente os números desse imbróglio todo no seu balanço de 2012 e balancetes dos três trimestres deste ano, o que a levou a rejeitá-los na totalidade. A confusão é tão grande que este ano caíram Edir Deconto, que pertencia ao comitê de auditores da companhia, e o próprio presidente, Denis Gonçalves. A SudMetal é objeto de ações do Ministério Público Federal e da Procuradoria-Geral do Estado do Rio Grande do Sul, acusada de ter driblado dívidas tributárias que alcançam R$ 210 milhões. (Políbio Braga)

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