terça-feira, 5 de novembro de 2013

OGX, DE EIKE BATISTA, PREVIU 1,5 BILHÃO DE REAIS PARA CAMPO QUE NUNCA PRDUZIU

O campo de Vesúvio, o primeiro descoberto pela OGX, é um exemplo emblemático da diferença entre o que a petroleira de Eike Batista informava aos investidores e o que acontecia internamente. A empresa chegou a estimar que Vesúvio produziria até 1,5 bilhão de barris, mas nunca comercializou uma gota de petróleo de lá. Segundo ex-técnicos da OGX, o petróleo de Vesúvio se revelou muito pesado e inaproveitável já nos primeiros testes. “Só foi possível recuperar borra, tamanho o peso do óleo”, disse uma fonte que pediu anonimato. A OGX já tinha estudos internos feitos a pedido da diretoria, em julho de 2012, indicando que suas reservas na bacia de Campos poderiam ser apenas 17,5% do que fora divulgado ao mercado. Em vez de pelo menos 1,8 bilhão de barris de petróleo previstos, só poderia tirar de forma economicamente viável 315 milhões de barris. Os estudos referem-se aos campos de Tubarão Azul, Tubarão Martelo, Tubarão Areia, Tubarão Tigre e Tubarão Gato. Vesúvio nem entrou na conta, porque já havia sido abandonado. A OGX não quis se pronunciar especificamente sobre o campo de Vesúvio e manteve o posicionamento da semana passada. Segundo a companhia, “o mercado sempre foi mantido informado sobre os projetos de produção, evitando a divulgação de informações incompletas”. Conforme pesquisa feita nos fatos relevantes da companhia, a OGX estimou, em outubro de 2009, um volume de óleo recuperável (que pode ser extraído com lucro) entre 500 milhões e 1,5 bilhão de barris em Vesúvio.

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