sexta-feira, 29 de novembro de 2013

PT ADIA SAÍDA DO GOVERNO SÉRGIO CABRAL APÓS INTERVENÇÃO DE LULA

O ex-presidente Lula voltou a intervir e levou o diretório do PT fluminense a adiar o desembarque petista do governo Sérgio Cabral Filho (PMDB), que, segundo combinado anteriormente, seria oficializado nesta sexta-feira. Depois de uma quinzena marcada por movimentação do Palácio Guanabara, o ex-presidente pediu o adiamento diretamente ao senador Lindbergh Farias, pré-candidato da legenda à sucessão estadual. Sem alternativa, o parlamentar aceitou, mas integrantes do seu grupo político asseguram que manteve a disposição que levou o PT a sair do governo Cabral ainda em dezembro, para preparar a candidatura. Em seu pedido a Lindbergh, Lula alegou que, também nesta sexta-feira, vai se reunir com a presidente Dilma Rousseff e a cúpula do PMDB para discutir a aliança dos dois partidos nos Estados. Seria desagradável, alegou , que a legenda no Rio de Janeiro rompesse ao mesmo tempo em que se fazia a costura nacional. No PT do Rio, porém, suspeita-se que algo maior pode estar acontecendo. Um dos sinais foi que, de acordo com interlocutores, há 15 dias, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, perguntou a Lindbergh: "Por que vocês não adiam a decisão de sair?" O senador respondeu com outra pergunta: "Você fala em nome da presidente?" Mercadante, porém, afirmou falar em nome próprio. Na quarta-feira, houve mais um sinal. Um dirigente nacional do PT avisou ao grupo de Lindbergh que é possível que tentem rever a candidatura própria. Para o governo Cabral, que desde as manifestações de junho vive uma crise de popularidade - a última pesquisa Ibope o mostrou com apenas 18% de avaliação boa e ótima, 34% de aprovação e 58% de desaprovação -, a saída do PT poderia piorar o cenário. Seu pré-candidato, o vice-governador Luiz Fernando Pezão, aparece na sondagem em sexto lugar nas intenções de voto, com 4% nas intenções de voto, empatado com o novato Bernardinho, do PSDB. O adiamento da decisão pode ser interpretado como uma vitória do governador, que, em conversas com o partido, já insistiu que a discussão da candidatura própria fosse adiada para junho de 2014, o que virtualmente inviabilizaria a candidatura própria.

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