quarta-feira, 6 de novembro de 2013

RELATÓRIO APONTA INDÍCIOS DE ENVENENAMENTO NA MORTE DE ARAFAT

Um relatório elaborado por uma equipe suíça adicionou mais um elemento nas teorias conspiratórias relacionadas à morte do ex-dirigente palestino Yasser Arafat. O exame, preparado por cientistas do Centro Universitário de Medicina Legal em Lausanne, encontrou indícios de polônio-210 em seus restos mortais. "Os resultados sustentam de forma 'moderada' a hipótese de morte por veneno", afirma o documento. A viúva do palestino, Suha Arafat, que encomendou a análise, disse que as conclusões provam “um assassinato e um crime político”. O texto aponta que as amostras foram coletadas oito anos depois da morte de Arafat e que os testes foram realizados em um número limitado de material. Um investigador forense afirmou que o nível de polônio nos restos mortais é dezoito vezes maior que o normal, mas a informação não consta na análise suíça. O polônio é uma substância radioativa extremamente tóxica que foi utilizada para envenenar, em 2006, em Londres, Alexander Litvinenko, um ex-espião russo que se converteu em opositor ao presidente Vladimir Putin. Arafat morreu em 2004, em um hospital de Paris. Na ocasião, a causa da morte foi apontada como um derrame e problemas circulatórios. Foi só em 2012 que sua família passou a considerar a hipótese de envenenamento, depois que um estudo preliminar em objetos pessoais apontou a presença de traços de polônio. Depois disso, o corpo dele foi exumado. Outras análises para determinar um possível caso de envenenamento ainda estão sendo realizadas por cientistas franceses, palestinos e russos.

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